A prisão preventiva de Jair Bolsonaro, cumprida pela Polícia Federal na manhã deste sábado (22/11), gerou repercussão nas redes sociais entre opositores do ex-presidente.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
A deputada Sâmia Bomfim (PSol-SP) classificou a prisão como um “passo importante para a garantia da justiça no Brasil”. Em publicação feita em sua conta no X, ela afirmou que “tentativas de burlar decisões do Supremo Tribunal Federal não podem ser toleradas”. A deputada destacou ainda que, na madrugada anterior, Bolsonaro teria tentado romper a tornozeleira eletrônica, segundo ela, “uma clara tentativa de fugir da prisão domiciliar”. Além disso, também mencionou a convocação de Flávio Bolsonaro para uma vigília em frente ao condomínio do pai, citando a ação como parte de uma manobra para dificultar o trabalho da polícia.
A parlamentar lembrou ainda que a prisão ocorre na mesma semana em que Alexandre Ramagem, aliado do ex-presidente, deixou o país rumo aos Estados Unidos para evitar o cumprimento de sua pena. “Seguiremos mobilizadas pelo cumprimento definitivo da condenação de Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado, assim como pela responsabilização plena de todos os seus aliados”, escreveu.
- Leia também: Advogado de Trump comenta prisão de Bolsonaro: "Justificativa frágil que beira a sátira"
Nas redes, o deputado Rogério Corrêa (PT-MG) listou alguns pontos que envolvem o caso, como a convocação de acampamento por Flávio Bolsonaro, a fuga de Ramagem para os EUA, a determinação da prisão pelo ministro Alexandre de Moraes e o fato de a PF ter encontrado Bolsonaro sem a tornozeleira eletrônica. A publicação terminou com um vídeo de humor de Lula e Dilma dançando ao som do aviso sonoro do plantão da TV Globo.
O ex-deputado Marcelo Freixo também celebrou a prisão preventiva. “BOLSONARO PRESO!”, escreveu. Segundo ele, a decisão se baseia em dois motivos principais, sendo a convocação de uma vigília de cunho golpista feita por Flávio Bolsonaro e a fuga de Ramagem para os Estados Unidos para não ser preso. Freixo afirmou que segue “firme na defesa da democracia”.
Já o secretário-executivo da Secom, Paulo Pimenta, fez uma publicação breve, mas simbólica: compartilhou uma imagem de Bolsonaro preso, reforçando a repercussão política do caso entre integrantes e aliados do governo.
Entenda a prisão
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado (22/11), na casa dele, no Jardim Botânico, em Brasília. Ele está detido agora na Superintendência da Polícia Federal, no Setor Policial Sul, onde aguarda audiência de custódia, marcada para este domingo.
A prisão é preventiva, sem prazo determinado, e foi solicitada pela Polícia Federalao Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com o pedido.
A prisão preventiva de Bolsonaro não tem relação direta com a condenação na trama golpista, mas, sim, com a quebra reiterada de medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo os investigadores, o ex-presidente mexeu na tornozeleira eletrônica às 0h08 deste sábado, violou regras de monitoramento, manteve contatos proibidos e estimulou movimentações políticas mesmo sob restrições.
