PL ANTIFACÇÃO

Vieira diz criar proposta que usa tributação de bets para financiar combate ao crime organizado

O relator do PL Antifacção no Senado destacou que financiamento é o principal tópico do seu texto, que será divulgado depois de ajustes

Alessandro Vieira (MDB-SE) é considerado moderado. O ex-delegado da PF crItica propostas tanto do governo quanto da oposição -  (crédito: Pedro França/Agência Senado )
Alessandro Vieira (MDB-SE) é considerado moderado. O ex-delegado da PF crItica propostas tanto do governo quanto da oposição - (crédito: Pedro França/Agência Senado )

Relator do PL Antifacção, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) afirmou, nesta terça-feira (2/12), que está produzindo proposta de fundo específico de financiamento para o combate ao crime organizado que envolve tributações em bets e terá seus recursos e gestão divididos entre os estados brasileiros e a União. De acordo com o parlamentar, essa pauta será concluída ainda nesta tarde.

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“Estamos criando a proposta de novo fundo alimentado com Cide [Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico] criada sobre as bets, destinada de forma taxativa, ao combate ao crime organizado, com gestão e recursos compartilhados entre os estados e União. Vamos fechar esse desenho ao longo do dia de hoje”, disse ele, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal (CCJ).

A comissão discutiu, nesta manhã, tópicos sobre o projeto de lei, que deve ser votado pela comissão nesta quarta-feira (3) para depois seguir para o Plenário da Casa, também nesta semana.

A Cide, de acordo com o Código Tributário Nacional (CTN), é um tipo de tributo federal de natureza extrafiscal, criado com o objetivo de intervir na economia, quando a República Federal entende que existe uma distorção econômica em alguma atividade e há necessidade de regulação, voltado para financiar projetos em setores específicos.

As Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico sobre as bets já foram defendidas, ao longo deste ano, com o intuito de desestimular o vício em jogos de azar digitais e financiar políticas públicas de saúde e educação.

Na avaliação do relator, o Congresso Nacional entregará, no texto, o custo necessário para combater as organizações criminosas brasileiras. Ele comentou que está em contato com o Executivo para estimar o valor necessário dos recursos para enfrentar a problemática.

“Estou realizando uma série de reuniões com o Executivo. Ministros Tebet, Haddad, Lewandowski, Polícia Federal, para que a gente tenha consciência que existe a necessidade de uma ação mais contundente. Este Congresso vai viabilizar o financiamento necessário, não tenho a menor dúvida. O que eu tenho demandado e que eles às vezes demoram pra responder é quanto dinheiro é necessário. Se a gente acabar com o crime na Amazônia, quanto isso vai custar? Pra colocar no papel”, falou.

Vieira pediu sugestões às autoridades presentes sobre tópicos como a integração entre os Ficos e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público. Segundo o parlamentar, o relatório será divulgado depois dos ajustes que serão feitos com as sugestões apontadas na CCJ. “Nós estamos tratando disso [financiamento] no relatório, que será divulgado após os ajustes dessa audiência”, explicou.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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LC
postado em 02/12/2025 16:04 / atualizado em 02/12/2025 16:05
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