
O presidente nacional do PT, Edinho Silva, afirmou nesta terça-feira (9/12) que a prioridade do partido é ampliar as bancadas estadual e federal. Edinho também destacou que o eventual adversário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2026 “não importa”. A declaração foi feita durante coletiva de imprensa na sede nacional da legenda, em Brasília.
Segundo Edinho, o principal desafio do PT e do governo Lula é enfrentar problemas estruturais do Brasil, especialmente a concentração de renda. “Eu tenho dito e vou repetir: eu não me preocupo com quem será o adversário desse campo da ultradireita. Eu acho que nós estamos mais preocupados com a construção do nosso governo”, declarou.
O dirigente explicou que o partido só lançará candidatos aos governos estaduais nos estados em que houver viabilidade política e eleitoral, apostando, nos demais casos, em alianças classificadas como “campos democráticos”. Ele ressaltou, ainda, a necessidade de conter o avanço da extrema direita. “Existe crescimento do fascismo em todo o mundo. Na Europa, há pressão contra imigrantes, homofobia, misoginia, e isso caracteriza o avanço da direita no mundo e também na América do Sul”, afirmou.
Edinho destacou que o legado histórico do PT é progressista e vinculado à defesa da democracia. Para ele, o debate sobre reeleição está associado ao fortalecimento institucional do partido. “A agenda de futuro é de legado e mais progressista. A reeleição significa reequilibrar a força do partido no país”, disse.
O presidente do PT também exaltou o papel internacional de Lula e sua liderança política. “Hoje o presidente é o maior interlocutor político mundial. Não nascerá outro Lula. Ele é um líder brilhante, muito acima da média, um líder diferenciado em um momento histórico”, afirmou.
Sobre o anúncio da candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Edinho afirmou que ainda há muito a acontecer até o próximo pleito e ironizou a postura do senador, que, logo após ser anunciado, declarou que ter um preço e que pode negociar sua candidatura. “Ninguém se candidata num dia e, no outro, quer negociar. Não dá para levar a sério. Eu nunca vi isso na vida política”, comentou.
Por fim, Edinho disse que o PT dispõe de quadros capazes de dar continuidade ao projeto político iniciado por Lula. Ele citou os ministros Fernando Haddad e Camilo Santana, além de outras lideranças partidárias. “Haddad já foi exposto nacionalmente e é um grande nome. Mas temos Camilo, Jaques Wagner. Temos lideranças regionais que têm tudo para se tornarem nacionais, se forem expostas. Isso é uma construção”, afirmou, acrescentando que o sucessor do presidente Lula será definido pelo próprio partido.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

Política
Política
Política