Emendas Parlamentares

Motta sai em defesa de assessora da Câmara após operação da PF

A servidora Mariângela Fialek está sendo investigada sobre possíveis irregularidades na indicação de emendas parlamentares

Motta escolhe o deputado do PL para relatar proposta governista  -  (crédito: AFP)
Motta escolhe o deputado do PL para relatar proposta governista - (crédito: AFP)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), divulgou, na noite de sexta-feira (12/12), uma nota pública em defesa da servidora Mariângela Fialek, conhecida como Tuca, alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga possíveis irregularidades na indicação de emendas parlamentares.

Fique por dentro das notícias que importam para você!

SIGA O CORREIO BRAZILIENSE NOGoogle Discover IconGoogle Discover SIGA O CB NOGoogle Discover IconGoogle Discover

Mariângela é assessora lotada atualmente na liderança do PP e já atuou junto ao ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL). Segundo a investigação, ela teria participado diretamente da organização e operacionalização de indicações de emendas que estão sob apuração da PF. Na manhã de sexta, agentes realizaram buscas em salas utilizadas pela servidora dentro da Câmara e também em sua residência, com apreensão de um telefone celular e outros pertences. A operação contou com a concordância da Procuradoria-Geral da República.

Um dos locais vistoriados pelos policiais foi uma sala registrada como pertencente à Presidência da Câmara, utilizada por Mariângela desde 2022, durante a gestão de Arthur Lira. Há relatos de que o espaço era usado para despachos relacionados às emendas parlamentares.

Na decisão que autorizou a operação, o ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino afirma que depoimentos colhidos ao longo da investigação indicam que a servidora atuava “diretamente na operacionalização do encaminhamento de emendas” e que realizava indicações em nome do então presidente da Casa. O despacho sustenta ainda que há indícios de atuação dentro de uma estrutura organizada para o direcionamento indevido de emendas, circunstância que segue em apuração.

Apesar disso, Hugo Motta saiu publicamente em defesa da funcionária. No comunicado divulgado após a operação, o presidente da Câmara classificou Mariângela como “técnica competente”, “responsável” e “comprometida com a boa gestão da coisa pública”. Em um dos trechos da nota, afirmou que “a experiência da servidora é reconhecida por todos os órgãos do Poder Legislativo e do Poder Executivo que elaboram e executam o orçamento federal” e que sua atuação teria sido “fundamental no aprimoramento dos sistemas de rastreabilidade da proposição, indicação e execução de emendas parlamentares”.

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

Na nota, o presidente da Câmara destacou ainda que, após decisões judiciais e reuniões entre os Poderes, o Legislativo, o Executivo e o Tribunal de Contas da União vêm adotando medidas para ampliar a transparência e a rastreabilidade das emendas parlamentares.

  • Google Discover Icon
postado em 13/12/2025 16:10
x