Os governadores Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) participaram da reunião da comissão especial da PEC da Segurança na Câmara e deram declarações em coletiva de imprensa logo após o encontro com o relator, Mendonça Filho. Segundo Caiado, a PEC representa uma cobrança nacional por normas mais duras no combate às facções criminosas.
“Essa PEC talvez seja aquele grito que está na garganta do brasileiro, na esperança de que haja regras mais duras contra o crime organizado”, disse.
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Ele também citou a ocupação de municípios na Amazônia e disse que "as polícias locais não conseguem resgatar municípios inteiros ocupados por facções". "Sem as Forças Armadas, não há como combater esse poderio", comentou.
O governador goiano acrescentou que “o Brasil é responsável por quase 40% da droga que chega à Europa” e defendeu a expropriação imediata de bens de envolvidos no tráfico.
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Tarcísio de Freitas, por sua vez, destacou que o relator Mendonça Filho tem considerado as preocupações dos governadores. “Saio bastante satisfeito. Aqueles riscos apontados pelos governadores já estão sendo tratados. Estou muito otimista com o relatório, que deve ser um ganho para o Estado brasileiro”, afirmou.
Questionado sobre a não inclusão da redução da maioridade penal, disse que “de maneira nenhuma” há frustração e que o tema ainda pode ser debatido. “Existem alternativas, como aumentar o tempo de internação, que podem ter o mesmo efeito.”
Sobre o endurecimento das medidas, acrescentou: “A sociedade espera um Estado menos leniente, mais duro, que trate com rigor aqueles que transgridam a lei”.
Na sequência, o relator da PEC, deputado Mendonça Filho, afirmou que vai apresentar o texto final do relatório amanhã (3) no colégio de líderes da Câmara.
