Diretrizes orçamentárias

Rogério Marinho acusa governo de 'improviso fiscal' sobre a LDO

Líder da oposição no Senado acusa Executivo de fragilizar planejamento fiscal e afirma que manejo das contas públicas afeta juros e dívidas

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), criticou o governo pelo atraso na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que deveria ter acontecido em julho e está sendo votado nesta quinta-feira (4/12), numa sessão conjunta, com senadores e deputados, no plenário da Câmara dos Deputados.

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

Marinho ressaltou ao Correio que o que deveria está sendo deliberado hoje no Congresso era a Lei Orçamentária Anual (LOA). Para o parlamentar, essa “desorganização gera impactos diretos na qualidade do Orçamento e revela uma estratégia recorrente de improvisação por parte do Executivo”.

Ele disse ainda, que a ausência de previsibilidade prejudica o conjunto da política fiscal. “Quando você vota uma lei em cima da outra, e essa lei deveria servir como base para que fosse confeccionada a lei subsequente, é evidente que a qualidade do projeto orçamentário vai sofrer”, afirmou.

Segundo o senador, o atraso não é um fato isolado, mas consequência de distorções estruturais do governo. “E isso acontece porque há uma série de arrumadinhos, de puxadinhos, de improvisações. O governo fica superestimando receitas e subestimando despesas”, denunciou.

Questionado sobre a influência das emendas parlamentares na condução do Orçamento, Rogério Marinho rejeitou a ideia de que elas são responsáveis pelo desequilíbrio fiscal. “Se você pegar o tamanho do Orçamento e ver o valor das emendas, apesar de hoje serem significativas, são praticamente um percentual muito pequeno. E a previsibilidade das emendas já está dada desde os orçamentos anteriores”, explicou.

Para ele, focar nas emendas é desviar o olhar do real ponto crítico, que é a condução fiscal do governo. “O grande problema que existe aqui não são as emendas, é a maneira como o governo administra a questão fiscal. Se o governo estima a receita, que não vai acontecer, ele sabe que não vai acontecer. E ele subestima uma despesa. Ele precisa, a cada bimestre ou a cada trimestre, por ocasião da publicação dos relatórios de efetivação da despesa e da receita, fazer uma série de artifícios do ponto de vista legal”.

https://www.correiobraziliense.com.br/webstories/2024/01/6789882-5-passos-para-acessar-o-canal-do-correio-braziliense-no-whatsapp.html

Mais Lidas