A deputada federal Sâmia Bomfim (PSol-SP) questionou, nesta terça-feira (9/12), a conduta do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em expulsar jornalistas do Plenário da Casa e determinar o corte de sinal da TV Câmara, no momento em que a Polícia Legislativa retirava à força o deputado Glauber Braga (PSol-RJ) — marido de Sâmia —, que ocupava a cadeira de Hugo Motta em protesto contra a possibilidade de o legislativo cassar seu mandato.
"O que Hugo Motta quer esconder?", escreveu a psolista nas redes sociais. Segundo ela, a manifestação do deputado Braga denunciava o que chamou de "hipocrisia" do presidente da Câmara.
"Segundos depois de Glauber Braga denunciar no plenário a hipocrisia de Hugo Motta, que segue mantendo os direitos políticos de golpistas que estão no exterior e até com pedido de prisão, mas querendo cassar quem denuncia o orçamento secreto, Glauber anunciou a ocupação da mesa diretora e a transmissão da TV Câmara foi derrubada com a imprensa sendo removida do plenário", publicou a deputada.
Em outro post no X, Sâmia Bomfim lembrou da conduta de Hugo Motta diante da ocupação de deputados bolsonaristas à mesa da presidência. "Quando golpistas ocuparam por 48h o plenário da Câmara para chantagear por anistia a golpistas, sobrou docilidade do presidente Hugo Motta, já com um deputado que defendeu a honra da mãe e denunciou o Orçamento Secreto, sobrou violência e censura à imprensa. Inadmissível!", pontuou.
Sâmia também prestou solidariedade a jornalistas que foram impedido de cobrir a invasão de Glauber Braga à mesa da presidência. "Quero me solidarizar com os jornalistas e todos os profissionais da imprensa que hoje também foram vítimas da censura ao seu trabalho e da truculência ordenada pelo presidente da Câmara, sendo até agredidos. O que aconteceu no Congresso é inadmissível e precisa ser denunciado".
