o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta terça-feira (23/12), um decreto que reconhece a música gospel como manifestação cultural brasileira. A iniciativa é interpretada como um gesto de aproximação do governo federal com o eleitorado evangélico, segmento que tem peso crescente no cenário político e social do país.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
A cerimônia no Palácio do Planalto reuniu autoridades do Legislativo e parlamentares ligados à bancada evangélica, além de artistas do gênero musical. Entre os presentes estavam o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a senadora Eliziane Gama (PSB-MA), os deputados Otoni de Paula (MDB-RJ) e Benedita da Silva (PT-RJ).
Durante o evento, Lula destacou que o decreto nasceu de uma demanda apresentada pela senadora Eliziane Gama. Segundo o líder petista, a proposta foi levada pessoalmente ao seu gabinete e prontamente acolhida pelo governo. Para ele, o reconhecimento tem caráter simbólico e busca valorizar a contribuição cultural da música gospel para a sociedade brasileira.
O presidente afirmou que a decisão representa um ato de justiça com o povo evangélico e com um gênero musical que, segundo ele, faz parte da identidade cultural de milhões de brasileiros. Lula ressaltou que o decreto não cria privilégios, mas reconhece oficialmente uma expressão artística já consolidada no país.
O anúncio da medida havia sido antecipado por Lula durante a última reunião ministerial de 2025, realizada no dia 17 de dezembro. Na ocasião, o presidente dirigiu-se diretamente ao advogado-geral da União, Jorge Messias, que é evangélico e foi indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Em tom descontraído, o chefe do Executivo mencionou que a oficialização do decreto permitiria, simbolicamente, a presença da música gospel também nos espaços institucionais do poder.
