Saúde & Bem-estar

5 sintomas que podem indicar dismorfia corporal

Veja a importância de ficar atento aos sinais deste transtorno psicológico e quando buscar ajuda

A pressão dos padrões de beleza inatingíveis pode transformar a preocupação com a aparência em dismorfia corporal (Imagem: GoodStudio | Shutterstock) -  (crédito: EdiCase)
A pressão dos padrões de beleza inatingíveis pode transformar a preocupação com a aparência em dismorfia corporal (Imagem: GoodStudio | Shutterstock) - (crédito: EdiCase)

Com a pressão dos padrões de beleza inatingíveis, a preocupação com a aparência física tem se tornado uma constante para muitas pessoas. No entanto, em certos casos, isso pode ir além dos limites e evoluir para um transtorno psicológico, chamado dismorfia corporal, quando há preocupação excessiva com “defeitos” físicos, mesmo que eles sejam inexistentes ou mínimos aos olhos dos outros.

A psicóloga Valeska Bassan, especialista em distúrbios alimentares, destaca cinco sinais que podem indicar dismorfia corporal. Confira a seguir!

1. Preocupação extrema com detalhes do corpo

Um dos principais sinais da dismorfia corporal é a obsessão com partes específicas do corpo, como nariz, pele, cabelos ou peso. “A pessoa tende a focar em uma imperfeição mínima ou inexistente, o que gera um nível elevado de angústia”, explica Valeska. Essa insatisfação pode interferir na autoestima e no bem-estar mental, levando a comportamentos extremos.

2. Comparações constantes com outras pessoas

Indivíduos com dismorfia corporal têm o hábito de se comparar constantemente com os outros. Essa comparação pode ser alimentada pela influência de celebridades e influenciadores digitais, cuja aparência muitas vezes é alterada por filtros e edições. “Essa comparação gera uma visão distorcida da própria imagem e aumenta o desejo de alcançar um padrão impossível”, ressalta Valeska.

Ilustração de mulher desenrolando nó no cérebro
A dismorfia corporal frequentemente leva a comportamentos compulsivos (Imagem:
PeopleImages.com – Yuri A | Shutterstock)

3. Comportamentos repetitivos para “corrigir” a aparência

A dismorfia corporal frequentemente leva a comportamentos compulsivos, como olhar-se no espelho diversas vezes ao dia, camuflar partes do corpo com roupas ou maquiagem e até buscar procedimentos estéticos. “Esses comportamentos podem dar uma sensação temporária de alívio, mas logo a insatisfação volta, alimentando um ciclo vicioso”, comenta a psicóloga.

4. Impacto negativo nas interações sociais

A preocupação excessiva com a aparência pode afetar diretamente a vida social. Pessoas com dismorfia corporal tendem a evitar eventos sociais, se isolar ou até recusar convites por medo de serem julgadas. “Elas acreditam que os outros estão sempre reparando naquilo que elas consideram defeitos”, explica. Esse isolamento pode levar a quadros mais graves de ansiedade e depressão.

5. Dificuldade em aceitar elogios sobre a aparência

Mesmo quando recebem elogios, pessoas com dismorfia corporal têm dificuldade em aceitá-los. Elas frequentemente se sentem desconfortáveis e acreditam que os comentários positivos não refletem a realidade. “Essa desconfiança nos elogios reforça a percepção negativa que têm de si mesmas, dificultando a melhora do quadro”, alerta a especialista.

A psicóloga reforça a importância de buscar ajuda profissional caso esses sinais sejam recorrentes. “A dismorfia corporal é um transtorno psicológico sério, que pode comprometer não só a saúde mental, mas também a física. O tratamento com psicoterapia e, em alguns casos, com acompanhamento médico, é essencial para que a pessoa possa reconstruir uma relação saudável com sua própria imagem”, conclui.

Por Mayra Barreto Cinel

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Redação EdiCase
postado em 25/09/2024 00:10
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