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Pele no inverno: por que o ressecamento aumenta e como evitá-lo

Com a queda da temperatura e a baixa umidade do ar, a pele perde hidratação com mais facilidade. Especialistas explicam os cuidados necessários para manter a barreira cutânea protegida

O ar frio e seco e a baixa umidade do ar são desafios mesmo para quem capricha na hidratação -  (crédito: Reprodução: eugene barmin/Freepik)
O ar frio e seco e a baixa umidade do ar são desafios mesmo para quem capricha na hidratação - (crédito: Reprodução: eugene barmin/Freepik)

Com a chegada do inverno, a combinação entre o ar frio, seco e os banhos quentes se torna um verdadeiro desafio para a saúde da pele. Mesmo quem mantém uma rotina de hidratação pode perceber a pele mais áspera, repuxando ou até com sinais de descamação. Mas por que isso acontece?

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Segundo a dermatologista Cibele Caminha, do Hospital Regional da Asa Norte e do Instituto de Estética Daher, o frio intenso, somado à baixa umidade do ar e aos banhos mais quentes e demorados, compromete a barreira natural da pele — uma camada composta por lipídios que retém a hidratação. “Até mesmo os sabonetes comuns contribuem para a remoção dessa camada protetora”, explica.

Segundo a profissional, uma pele desidratada é aquela que tem pouca água. Já a pele oleosa tem excesso de lipídios, mas pode, sim, estar desidratada. “Desidratação tem a ver com a falta de água; oleosidade, com a presença de óleo. São coisas diferentes”, complementa.

A consequência é uma pele com menor capacidade de reter água, o que causa ressecamento, desconforto e até inflamações.

Sinais de que a barreira da pele está danificada

Priscila Moncayo, gerente de desenvolvimento de produto da Natura, explica que a pele dá sinais claros quando sua barreira está comprometida: “Além do toque áspero, há sintomas como descamação, vermelhidão e irritação. As linhas finas, especialmente ao redor dos olhos e da testa, ficam mais evidentes, o que dá um aspecto envelhecido à pele”.

Quem tem pele sensível ou sofre com dermatite deve redobrar os cuidados nessa época do ano. “Essas peles já são mais frágeis e reativas. O clima seco tende a piorar os sintomas”, alerta Priscila.

Além disso, a médica destaca que no frio as pessoas tendem a beber menos água, o que piora o quadro: “A principal hidratação da pele vem de dentro, com a ingestão de líquidos”.

O que evitar durante o inverno

Para manter a saúde da pele mesmo nos dias mais secos, alguns cuidados simples fazem toda a diferença:

  • Evite banhos quentes e demorados: eles retiram a camada protetora natural da pele.
  • Cuidado com o sabonete: prefira versões mais suaves, com pH neutro ou cremosos (como os do tipo cream oil), que limpam sem agredir.
  • Esfoliação? Melhor evitar: especialmente em regiões como Brasília, que combinam frio e ar seco. “A esfoliação remove a camada superficial da pele, o que pode agravar o ressecamento”, explica Cibele.

Como cuidar da pele no inverno

A chave está em três pilares: limpeza suave, hidratação reforçada e proteção da barreira cutânea. Os especialistas recomendam o uso de produtos com fórmulas específicas para o clima seco, com texturas mais densas e ativos potentes.

Ativos que restauram a barreira da pele, de acordo com as especialistas:

  • Ceramidas
  • Esqualano
  • Manteigas vegetais (como a de karité)
  • Alta capacidade umectante
  • Ácido hialurônico
  • Glicerina
  • Ácido poliglutâmico
  • Ação calmante e regeneradora
  • Pantenol
  • Bisabolol
  • Alantoína

A hidratação ideal começa de dentro para fora. Mesmo com bons produtos, manter uma boa ingestão de água é essencial.

 

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postado em 22/07/2025 15:45
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