Vale lembrar que o país havia deixado a lista em 2023, com o avanço nas imunizações. Entretanto, um ano depois, volta a ocupar um posto entre as vinte nações com mais crianças não vacinadas no mundo. No momento, o Brasil encontra-se na 17ª posição.
Nesse sentido, o cenário nacional é preocupante e causa um sinal de alerta. Isso porque eram 103 mil crianças não vacinadas, em 2023, e passou para 229 mil, em 2024.
Segundo os dados referentes à cobertura vacinal em 2024, a Nigéria é líder isolada com mais de duas milhões de crianças não vacinadas. Ela é seguida por Índia, Sudão, República Democrática do Congo, Etiópia, Indonésia, Iêmen, Afeganistão e Angola.
Completam a lista Paquistão, México, Filipinas, Tanzânia, Madagascar, África do Sul, China, Brasil, Mianmar, Costa do Marfim e Camarões.
Atualmente, no mundo, 14,3 milhões de crianças estão vulneráveis a doenças preveníveis por vacinas e mais 5,7 milhões têm apenas proteção parcial.
Em 2024, nenhuma das 17 vacinas monitoradas alcançou uma cobertura de pelo menos 90%. Assim, o foco foi a DTP1, que protege contra difteria, tétano e coqueluche. e é um marcador de acesso aos serviços de imunização de rotina. Ele contribui para identificar crianças que não receberam nenhuma vacina.
Ela também é um marcador de acesso aos serviços de imunização de rotina. Além disso, contribui para identificar crianças que não receberam nenhuma vacina.
Segundo dados da cobertura vacinal, em 2024, 89% das crianças no mundo receberam pelo menos uma dose da vacina contra difteria, tétano e coqueluche (DTP). Já 85% completou as três doses.
Em comparação com 2023, cerca de 171 mil crianças a mais receberam pelo menos uma vacina, enquanto um milhão a mais alcançou a série completa de três doses da DTP.
Além disso, segundo a Organização Mundial de Saúde, há um progresso contínuo dos países que trabalham para proteger as crianças.
Entretanto, quase 20 milhões de crianças perderam pelo menos uma dose da vacina DTP em 2024. Entre elas, 14,3 milhões com 'dose zero'
Isso representa quatro milhões a mais do que a meta de 2024, que é necessária para seguir no caminho da Agenda de Imunização 2030. Além de 1,4 milhão a mais do que em 2019, o ano base para medir o progresso.
'As vacinas salvam vidas, permitindo que indivíduos, famílias, comunidades, economias e nações prosperem. É encorajador ver um aumento contínuo no número de crianças vacinadas, embora ainda tenhamos muito trabalho a fazer', afirmou Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
'Cortes drásticos na ajuda, juntamente com a desinformação sobre a segurança das vacinas, ameaçam desfazer décadas de progresso', completou.
Ainda segundo a OMS, pequenas quedas na cobertura vacinal podem aumentar o risco de surtos de doenças e sobrecarregar ainda mais os sistemas de saúde.
Em mais um dado da pesquisa, 31% das adolescentes elegíveis em todo o mundo receberam pelo menos uma dose da vacina contra o HPV.
Assim, a maioria das doses foi administrada em países que utilizam o esquema de dose única. Mesmo longe da meta de cobertura de 90% até 2030, representa um aumento em relação à cobertura de 17% em 2019.
O estudo também mostra que a cobertura completa contra o HPV, Papilomavírus Humano, em meninas passou de 21% para 28%. Isso é aproximadamente 18 milhões de meninas, que receberam proteção completa contra o vírus.
Contudo, cerca de 46,6 milhões de meninas permaneceram parcialmente ou não vacinadas contra o HPV. De acordo com os dados, essa vacina está disponível em 144 de 194 países para meninas e em 75 para meninos.
Nesse sentido, a cobertura da primeira dose da vacina contra sarampo subiu de 83% para 84%. Por outro lado, ainda não restabeleceu a porcentagem anterior à pandemia, que era de 86% no mundo em 2019.
Por fim, a cobertura da segunda dose de sarampo aumentou de 74% para 76%. Então, a OMS emitiu um alerta epidemiológico devido ao aumento de casos da doença em várias partes do mundo neste ano.