O que pouca gente sabe é que a origem dessa lenda urbana vem da história real de Maria Augusta de Oliveira Borges, que viveu no século 19.
Ela nasceu e foi criada em uma mansão de uma família rica da região de Guaratinguetá, São Paulo.
Seu pai era Visconde de Guaratinguetá, um importante produtor de café e comerciante da época.
Obrigada a se casar aos 14 com um homem 21 anos mais velho, ela fugiu para Paris, aos 18. Quando tinha 26, morreu em circunstâncias misteriosas.
Seu corpo foi trazido ao Brasil por sua mãe, que, tomada pela culpa e pelo luto, manteve os restos mortais em uma urna de vidro exposta na mansão da famÃlia por meses.
Durante esse período, relatos de visões da falecida e fenômenos sobrenaturais começaram a surgir, vindos da mãe e de pessoas próximas.
Alguns diziam ouvir a música que Maria Augusta costumava tocar no piano, enquanto outros podiam sentir cheiro de rosas brancas, perfume favorito da jovem.
Depois de tantos relatos, a mãe finalmente decidiu enterrar a filha, mas as histórias sobrenaturais nunca deixaram de existir.
Posteriormente, a mansão onde a família morava foi transformada na Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves.
Com o tempo, alunos e funcionários relatavam assombrações, como passos, portas batendo e manifestações nos banheiros.
Um incêndio repentino ocorrido em 1916 fortaleceu a crença de que o espírito de Maria Augusta habitava o local. Alguns disseram que ela teria provocado o incidente.
A associação da jovem com os banheiros vem da suposta causa de sua morte (raiva humana), que causaria uma sede incessante, explicando os relatos de torneiras que abriam sozinhas.
Com o tempo, a história se tornou uma lenda urbana, compondo um mito que se tornou parte do folclore brasileiro.
Hoje, para quem tiver interesse em fazer uma visitinha, o túmulo de Maria Augusta fica no Cemitério dos Passos, em Guaratinguetá.
Da mesma forma, a Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves existe até hoje, cercada de mistérios e histórias esquisitas.
A lenda da loira do banheiro acompanhava um rito de 'invocação' muito famoso, que variava de região para região. Veja os mais comuns!
Primeiro, a pessoa precisa estar um banheiro de escola enquanto ele estiver vazio. Uma variação diz para dar três batidas na porta do último boxe com ela fechada.
Em outras versões, é preciso dar descarga três vezes ou acender e apagar a luz três vezes.
Ao fazer qualquer um desses rituais, é preciso chamar pela “Loira do Banheiro” em voz alta em frente a um espelho.