Animais

Novas e curiosas espécies são descobertas nas profundezas do mar; tem até “vermes zumbis”


O projeto global chamado 'Censo dos Oceanos' anunciou a descoberta de 30 novas espécies marinhas.

Por Flipar
Pixabay/xxolaxx

A iniciativa nasceu em 2023 com o intuito de identificar 100 mil espécies desconhecidas nos 10 anos subsequentes.

Foundation-Nekton Ocean Census/Schmidt Ocean Institute © 2025

A descoberta da vez foi feita durante uma expedição de 35 dias às ilhas Sandwich do Sul, uma das regiões mais remotas do planeta.

Divulgac?a?o/Ocean Census

Pesquisadores de diversas instituições utilizaram o navio R/V Falko do Schmidt Ocean Institute e robôs subaquáticos (ROVs) para gravar vídeos em alta resolução e coletar 2 mil espécimes de 14 grupos animais diferentes.

Reproduc?a?o/YouTube

Uma esponja carnívora, apelidada de “bola da morte”, foi encontrada a 3.600 metros de profundidade.

Reproduc?a?o/YouTube

A nova esponja tem formato esférico e utiliza minúsculos ganchos para capturar presas, diferentemente das que se alimentam por filtração.

The Nippon Foundation-Nekton Ocean Census Schmidt Ocean Institute © 2025

Também foram encontrados 'vermes zumbis', que não têm boca nem intestino e vivem das gorduras dos ossos de grandes vertebrados.

Jialing Cai/The Nippon Foundation-Nekton Ocean Census/Schmidt Ocean Institute

Segundo Michelle Taylor, chefe de Ciência do Censo dos Oceanos, a descoberta de 30 espécies, com menos de 30% das amostras avaliadas, ressalta a imensa biodiversidade ainda não registrada no Oceano Antártico.

The Nippon Foundation-Nekton Ocean Census/Sergey Bogorodsky

Com mais de 800 novas espécies anunciadas desde abril de 2023, o projeto foi criado pela Nippon Foundation, maior fundação sem fins lucrativos do Japão, e o Nekton, um instituto de conservação e ciência marinha sediado no Reino Unido.

Divulgac?a?o/Ocean Census

“Ferramentas avançadas nos permitem explorar e coletar dados de lugares nunca antes vistos por humanos”, declarou Jyotika Virmani, diretora executiva do Schmidt Ocean Institute.

Divulgac?a?o/Ocean Census

O conhecimento humano sobre a vida nas profundezas oceânicas ainda é muito pequeno.

Divulgac?a?o/Ocean Census

Estimativas apontam que o oceano abriga cerca de 2,2 milhões de espécies, mas, conforme dados do censo, os cientistas descreveram até hoje apenas 240 mil delas.

Divulgac?a?o/Ocean Census

O novo projeto dá continuidade a iniciativas anteriores — entre elas, o Censo da Vida Marinha, concluído em 2010, que apontou a possibilidade de seis mil novas espécies.

Divulgac?a?o/Ocean Census

Agora, a pesquisa conta com recursos tecnológicos mais avançados, como imagens subaquáticas em alta resolução, técnicas de aprendizado de máquina e análise de DNA presente na água do mar.

Divulgac?a?o/Ocean Census

Ferramentas como escaneamento a laser subaquático permitem observar organismos frágeis diretamente em seu ambiente, evitando a necessidade de removê-los da água.

Divulgac?a?o/Ocean Census

Segundo o biólogo marinho Alex Rogers, que é o diretor científico da iniciativa e professor de biologia da conservação na Universidade de Oxford, 'as inovações ajudarão a acelerar a velocidade e a escala da descoberta de novas formas de vida.'

ROV SuBastian/Schmidt Ocean Institute

Todos os dados obtidos serão disponibilizados gratuitamente para a comunidade científica, autoridades e o público geral.

Divulgação/Schmidt Ocean Institute