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Romero Britto mantém foco no público e ignora críticas


Vivendo há cerca de três décadas em Miami, Romero Britto segue produzindo sem se deixar abalar por críticas recentes nas redes sociais. O artista disse em entrevista ao 'Veja' que mantém o foco em quem aprecia seu trabalho: “Tenho uma filosofia que é não focar em quem não gosta da minha arte”.

Por Flipar
Reprodução/Instagram

Defensor de uma arte acessível, Britto afirmou criar tanto para o circuito de galerias quanto para projetos populares, buscando ampliar o contato das pessoas com a produção artística. Apesar da longa permanência nos Estados Unidos, não descarta um retorno definitivo ao Brasil no futuro.

- Alan Santos/ Wikimédia Commons

Recentemente, Britto viu-se no centro de uma nova controvérsia ao divulgar duas telas inspiradas no Labubu, personagem pop chinês que virou moda. “O mundo AMA o Labubu. E você?”, escreveu o pernambucano na legenda da publicação.

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As novas obras de Britto suscitaram piadas e comentários ácidos. Um internauta brincou: “Parabéns! Conseguiu deixar algo medonho um verdadeiro filme de terror.”

Reprodução do Instagram @romerobritto

Houve ainda quem sugerisse que a próxima criação fosse â??um morango do amorâ?, em uma sátira a outro assunto em alta nos últimos meses. Britto, que comercializa produtos que vão de objetos decorativos a itens de uso diário, não divulgou se pretende pÃŽr à venda essas telas.

Divulgação Millena Moreira

O Labubu é um personagem criado pelo artista chinês Kasing Lung, conhecido por sua aparência peculiar, com dentes pontudos, expressão travessa e traços que misturam o macabro com o lúdico. Mas vamos saber mais sobre este grande artista brasileiro.

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Romero Francisco da Silva Britto, mais conhecido como Romero Britto, nasceu em Recife, capital de Pernambuco, no dia 6 de outubro de 1963.

Reprodução do Instagram @romerobritto

Ele iniciou sua trajetória artística aos 18 anos, dedicando-se ao desenvolvimento de uma linguagem visual marcada pelo uso extensivo de cores vivas, formas geométricas e uma estética pop.

Mangos24/ Wikimédia Commons

Muitas pessoas, entre fãs e até críticos, descrevem suas obras como uma “arte da cura” pela predominância de temáticas de alegria, otimismo e transmissão de sensações positivas.

Reprodução do Instagram @romerobritto

Em 1988, Britto se estabeleceu em Miami, nos Estados Unidos, onde deu início à sua projeção internacional com campanha publicitária. A partir dessa base, ele construiu uma carreira que ultrapassou o informal e se consolidou no mercado global de arte.

Reprodução do Instagram @romerobritto

Em sua carreira, Britto produziu obras para diversas personalidades, como Michael Jackson, Pelé, Madonna, Arnold Schwarzenegger e o Rei Charles, do Reino Unido.

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Ele também já presenteou com telas personalidades da política, como os ex-presidentes do Brasil Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro, e o ex-mandatário dos Estados Unidos Barack Obama.

Alan Santos/ Wikimédia Commons

Jogadores de futebol, como Neymar e Kaká, estão entre as personalidades que já foram homenageadas por Britto, assim como o papa Francisco, morto em 21 de abril de 2025.

Reprodução do Instagram @romerobritto

Britto frequentemente incorpora colagens, esculturas e serigrafia em seu trabalho, e busca parcerias com marcas e licenciamento para expandir o alcance de sua arte além do espaço de galerias.

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Além de sua produção artística, Britto possui galerias próprias, como uma em Miami Beach e outra projetada em São Paulo. Suas obras também podem ser vistas em espaços públicos ao redor do mundo, como aeroportos, praças, hospitais, e em instalações urbanas.

Reprodução do Instagram @romerobritto

No entanto, sua trajetória também tem alguns episódios controversos. Em 2020, um vídeo nas redes sociais viralizou ao mostrar uma mulher destruindo uma peça de porcelana do artista em frente ao restaurante que frequentava em Miami.

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Segundo ela, Romero foi rude e desrespeitoso com um funcionário do restaurante. O artista, por sua vez, se manifestou por meio de um comunicado alegando que o vídeo era de 2017. 'Fui vítima de uma pessoa que foi a uma das minhas galerias e quebrou uma arte que havia ganhado”, declarou.

Reprodução do Instagram @romerobritto

As estimativas são de que as marcas Britto e Romero Britto Fina Art movimentem por ano 250 milhões de dólares - cerca de R$ 1,325 bilhão na cotação atual -, somadas obras e produtos licenciados do artista.

Heráclito Veras/Wikimédia Commons