Mas o que é a esclerose múltipla? Trata-se de uma doença autoimune em que o próprio sistema imunológico ataca a mielina, substância que protege as fibras nervosas do cérebro e da medula espinhal.
Ou seja, o próprio corpo ataca a proteção dos nervos do cérebro e da medula espinhal, o que prejudica a comunicação entre o cérebro e o resto do corpo e causa problemas no funcionamento dos movimentos e dos sentidos.
Os sintomas mais comuns são fraqueza, dormência, formigamento, cansaço intenso, tontura, dificuldade para andar, problemas de visão e de fala, além de alterações na memória, na concentração e na cognição.
O diagnóstico é realizado por meio de exames como ressonância magnética, avaliações neurológicas e exame do líquor. Embora a doença não tenha cura, existem medicamentos capazes de controlar sua progressão e reduzir a frequência e a intensidade das crises, chamadas surtos, que podem durar pelo menos 24 horas e, às vezes, deixar sequelas.
O tratamento também inclui fisioterapia, terapia ocupacional, acompanhamento psicológico, atividades físicas supervisionadas e adaptações na rotina para preservar a autonomia e a qualidade de vida. O diagnóstico precoce permite iniciar o tratamento mais cedo, reduzir o risco de sequelas e preservar a qualidade de vida.
Desse modo, o exemplo de Cláudia Rodrigues incentivou outras pessoas a buscar acompanhamento e adaptação para lidar com a doença. Relembre, a seguir, a carreira dessa atriz e comediante brasileira de grande importância para a televisão brasileira.
Cláudia de Souza Rodrigues nasceu em 7 de junho de 1970, no Rio de Janeiro, e iniciou a carreira no teatro em 1990, na peça “O Menino Repolho”, e ganhou projeção nacional ao vencer o Prêmio Multishow de Humor em 1996, o que abriu portas para a televisão.
Estreou na TV na série “Caça Talentos”, da TV Globo, ainda em 1996 e, nos anos seguintes, participou de séries como “Mulheres” e “Você Decide”.
De 1999 a 2003, integrou o elenco do humorístico “Zorra Total”, no qual se destacou com as personagens Ofélia, conhecida pelo bordão “Você sabe que eu só abro a boca quando tenho certeza!”, Thalía, famosa pela frase “Eu vou beijar… muuuuuuito!”, e Mary, que dizia “Tem gente que não acredita na realidade.”
De 2000 a 2002, participou de â??Sai de Baixoâ? como a empregada Sirene, personagem que havia criado para o teatro e que também apareceu na â??Escolinha do Professor Raimundoâ?. A personagem era mal-humorada, desbocada e desprezava ricos esnobes.
Em 2003, Cláudia Rodrigues protagonizou o especial “A Diarista”, que fez grande sucesso de audiência e se transformou em série no ano seguinte. A partir de 2004, passou a interpretar Marinete, papel mais marcante de sua carreira. A série permaneceu no ar até 2007 e foi cancelada devido a problemas de saúde da atriz. Está disponível no Globoplay.
Em 2009, Cláudia Rodrigues retornou ao elenco de “Zorra Total” para reprisar as personagens Ofélia e Sirene. Durante esse período, enfrentou novos problemas de saúde. Sua última participação no programa ocorreu em 2014.
No teatro, participou de montagens como “A Menina e o Vento”, “Sobe o Pano”, “Muito Viva”, “Esse Alguém Maravilhoso que Eu Amei” e “Cláudia Rodrigues e Convidados”, entre outras.
No cinema, atuou no filme “Bagatá” e dublou animações como “Nem Que a Vaca Tussa”.
Cláudia tem uma filha, Iza Rodrigues Hieatt, nascida em 2002, fruto de seu relacionamento com Brent Hieatt, que durou de 2000 a 2004.
A atriz mantém um relacionamento com a empresária Adriane Bonato desde 2022, após anos de convivência profissional.
Adriane era assessora de imprensa da atriz e responsável por divulgar informações sobre seu estado de saúde em razão do diagnóstico de esclerose múltipla. A aproximação entre as duas ocorreu em 2015, durante o período de cuidados intensivos após o transplante de células-tronco ao qual a atriz foi submetida, quando o vínculo pessoal se fortaleceu.