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Kingston: berço do reggae, capital da Jamaica é um centro cultural vibrante


No dia 24 de novembro de 2025, o mundo da música despediu-se de Jimmy Cliff, icone do reggae. O cantor, compositor e multi-instrumentista morreu em Kingston, cidade que é o berço desse gênero musical. A seguir, o Flipar destaca curiosidades sobre a capital da Jamaica.

Por Flipar
Divulgação Site Oficial

Fundada em 1692 após o terremoto que devastou a antiga capital, Port Royal, Kingston cresceu às margens da baía que leva seu nome e se tornou o principal polo urbano, econômico e artístico da Jamaica.

Domínio Público/Wikimédia Commons

A cidade é reconhecida mundialmente como berço do reggae, e nenhum visitante passa por lá sem sentir a presença de Bob Marley, figura que transcendeu fronteiras e consolidou a Jamaica como referência global da música.

Reprodução do Flickr Yabai82

O Museu Bob Marley, instalado na antiga residência do artista no bairro de Hope Road, é um dos pontos mais visitados da cidade. Ele preserva não apenas objetos pessoais, mas também o ambiente criativo onde o artista compôs algumas de suas obras mais icônicas.

Reprodução do Flickr joaquin Pons Sampedro

Já o Trench Town Culture Yard é um museu comunitário instalado no bairro onde Bob Marley viveu parte da juventude e iniciou sua trajetória musical. O espaço preserva casas, objetos e ambientes originais que ajudam a entender não apenas a vida do artista, mas também a forte influência cultural de Trench Town na formação do reggae.

Reprodução do Instagram @jamaica_cultural_tours

Já o Museu Peter Tosh celebra a vida e o legado de outro lendário músico jamaicano, Peter Tosh, por meio de objetos pessoais, registros raros e instalações interativas. Instalado no Pulse Centre, o espaço oferece um mergulho na história do reggae e na trajetória política e artística dessa personalidade.

Reprodução do Flickr Claudia Loughran

Além da contribuição musical, Kingston também tem papel central na formação da literatura e das artes visuais da Jamaica. É na cidade que se encontram a Universidade das Índias Ocidentais e a Edna Manley College of the Visual and Performing Arts.

Grueslayer/Wikimédia Commons

O Jamaica National Gallery reúne um importante acervo de arte local, destacando obras de Edna Manley, do artista plástico Barrington Watson e outros nomes que ajudaram a construir a identidade visual jamaicana.

Divulgação

O turismo em Kingston vai muito além da música. A cidade oferece experiências urbanas que contrastam com a Jamaica das praias, normalmente associada a destinos como Montego Bay e Negril.

Reprodução do Youtube

O Devon House, mansão construída em 1881 pelo milionário George Stiebel - o primeiro jamaicano negro a acumular grande riqueza -, é um dos locais mais emblemáticos, combinando história, arquitetura colonial e a famosa sorveteria que leva seu nome.

João Xavier/Wikimédia Commons

Já no centro da cidade, Coronation Market, o maior mercado ao ar livre da Jamaica, convida moradores e turistas a mergulhar nos aromas e sons de um cotidiano que permanece autêntico.

Reprodução do Youtube

Em termos ambientais, Kingston surpreende ao abrigar uma das maiores áreas montanhosas próximas a uma capital caribenha.

Reprodução do Youtube

As Montanhas Azuis (Blue Mountains, no original em inglês), Patrimônio Mundial da UNESCO, começam a poucos quilômetros do centro e oferecem trilhas, paisagens exuberantes e plantações do célebre Blue Mountain Coffee, considerado um dos cafés mais refinados do mundo.

Reprodução do Flickr espinaduc2

Kingston também abriga Port Royal, outrora famosa como a “cidade mais perversa do mundo”, lar de piratas como Henry Morgan e destruída pelo grande terremoto de 1692. Parte do antigo assentamento permanece submersa, atraindo arqueólogos e curiosos, enquanto o que restou em terra firme conserva fortes e ruínas.

Reprodução do Flickr Anthony International

No cotidiano de Kingston, o que mais se destaca é a energia criativa da população. O dialeto patois, amplamente falado, colore a paisagem sonora da cidade e expressa a mistura de influências africanas, europeias e caribenhas que caracteriza a identidade local.

Reprodução do Flickr Tomek Mrugalski

A orla de Kingston combina vista para o mar do Caribe com áreas revitalizadas que conectam cultura, lazer e a vibrante energia urbana da capital jamaicana.

Divulgação

Kingston abriga também importantes espaços esportivos, como o National Stadium e o Sabina Park, que recebem desde competições de atletismo até partidas históricas de críquete. Esses locais são símbolos da paixão jamaicana pelo esporte e revelam a força atlética que tornou o país mundialmente famoso.

Jamaica1962/Wikimédia Commons

Apesar dos desafios sociais e da desigualdade que marcam algumas áreas, Kingston continua sendo um espaço de efervescência intelectual e cultural.

Flickr Luke Walker