A artista contou que priorizou escolher músicas que incentivassem a participação do público. Já o figurino segue a tradição do branco, que, para ela, é sinônimo de paz e limpeza, e ainda tem um toque de azul-claro, cores que fazem referência à escola de samba Vila Isabel.
O show de Réveillon também terá um significado especial para a cantora, que dividirá o palco com seu tecladista, Luiz Otávio, que é deficiente visual e produtor do álbum “Pagode da Mart’nália”.
Mart’nália Mendonça Ferreira nasceu em 7 de setembro de 1965, no Rio de Janeiro. É filha de Martinho da Vila e da cantora Anália Mendonça, e seu nome resulta da junção dos nomes dos pais. Ela acompanhou Martinho desde cedo em rodas de samba e iniciou a carreira aos 16 anos como backing vocal em shows e gravações.
Seu primeiro álbum solo foi lançado em 1987, com o título “Mart’nália”, que reuniu clássicos da música brasileira, como “Por um Amor no Recife”, de Paulinho da Viola, e “Cordas e Correntes”, de Martinho da Vila.
Na década de 1990, passou a se apresentar individualmente em casas de shows do Rio de Janeiro. No mesmo período, atuou como percussionista na banda de Ivan Lins e integrou o grupo Batacotô, voltado à pesquisa de sonoridades afro-brasileiras e africanas, com o qual lançou o disco “Semba dos Ancestrais”.
Em 1995, lançou o álbum “Minha Cara”, produzido por Martinho da Vila, que tinha composições próprias e regravações de autores do samba e da música popular brasileira.
A projeção nacional ocorreu em 2002 com o álbum “Pé do Meu Samba”, dirigido por Caetano Veloso. O trabalho ampliou sua visibilidade, originou turnês no Brasil e no exterior e resultou em registros ao vivo lançados posteriormente em CD e DVD.
Em 2006, lançou “Menino do Rio”, com direção artística de Maria Bethânia. O álbum contava com composições de diferentes autores da música brasileira. O projeto deu origem a um registro ao vivo gravado em Berlim, posteriormente indicado ao Grammy Latino.
Em 2007, lançou o álbum “Madrugada”, que incluiu a versão de “Don’t Worry Be Happy”, de Bob McFerrin, utilizada como tema de abertura da novela “Três Irmãs”, da TV Globo.
Na década de 2010, lançou álbuns como “Não Tente Compreender” e “Mart’nália em Samba! – Ao Vivo”, ambos indicados ao Grammy Latino.
Em 2017, lançou “+ Misturado”, que recebeu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba e Pagode.
Em 2019, lançou “Mart’nália Canta Vinicius de Moraes”, dedicado à obra do poeta, também premiado com o Grammy Latino na categoria.
Em 2024, lançou o álbum “Pagode da Mart’nália”, dedicado a sucessos do pagode da década de 1990, com participações de Luísa Sonza em “Cheia de Manias”, Caetano Veloso em “Domingo” e Martinho da Vila em “O Teu Chamego”. Em 2025, a cantora abriu a programação anual do Circo Voador, no Rio de Janeiro, com o show do projeto.
Entre suas músicas mais conhecidas estão “Entretanto”, “Cabide”, “Pra Que Chorar?”, “Chega”, entre outras.
Mart’nália participou da primeira temporada do reality show musical “The Masked Singer Brasil”, no qual artistas se apresentam caracterizados como personagens e têm suas identidades reveladas ao longo do programa. Na atração, ela interpretou o personagem Jacaré.