O piloto e o cinegrafista que estavam a bordo não sofreram ferimentos graves. Ambos foram encaminhados a hospitais da região para avaliação médica e permanecem em bom estado de saúde. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 17h52 e prestou atendimento no local, com apoio da Polícia Militar.
Durante o programa “Brasil Urgente”, o apresentador Joel Datena afirmou que o helicóptero ficou bastante danificado após o impacto, mas ressaltou a atuação do piloto, que conseguiu realizar o pouso de forma segura. Em nota oficial, a Band informou que a aeronave estava com manutenção e certificações em dia e que presta total assistência aos profissionais envolvidos.
Acidentes com helicópteros são apurados por órgãos especializados, responsáveis por avaliar fatores mecânicos, operacionais e ambientais. Os relatórios produzidos nesses processos servem como base para aprimorar normas de segurança e procedimentos de operação.
A seguir, conheça mais sobre essa aeronave, cuja capacidade de decolagem e pouso vertical, além de permanência estacionária no ar, possibilita operações em áreas de acesso restrito e com mais rapidez.
O funcionamento do helicóptero é baseado na rotação de pás ligadas a um rotor principal. Esse movimento cria uma diferença de pressão do ar acima e abaixo das pás, o que gera sustentação.
Inclusive, a sua invenção não ocorreu a partir de uma única pessoa. Ele resultou da contribuição de inventores de diferentes épocas e países, interessados na possibilidade de voo vertical com máquinas mais pesadas que o ar.
Os registros mais antigos relacionados a esse princípio surgiram na China, por volta de 400 a.C., com um artefato simples de bambu que subia ao ar quando girado manualmente. Embora não transportasse pessoas, o objeto demonstrava o conceito básico da sustentação por rotação.
No século XV, Leonardo da Vinci apresentou um avanço conceitual ao desenhar, em 1483, o chamado “parafuso aéreo”. O projeto previa uma grande estrutura giratória acionada pela força humana, mas as limitações técnicas da época impediram sua aplicação prática.
As primeiras tentativas mais concretas ocorreram no início do século 20. Em 1907, Paul Cornu realizou um voo curto, com duração aproximada de 20 segundos, alcançando cerca de 50 centímetros de altura.
Um marco importante ocorreu em 1938, quando o alemão Anton Flettner apresentou o FL 265, considerado o primeiro helicóptero funcional.
Em 1940, o FL 282 Kolibri, versão aprimorada, consolidou essas soluções técnicas.
No mesmo período, Igor Sikorsky lançou o VS-300, nos Estados Unidos. O modelo introduziu a configuração de rotor principal com rotor de cauda, que se tornou padrão na maioria dos helicópteros modernos. O primeiro voo controlado reconhecido oficialmente ocorreu em 1939, com esse projeto.
Atualmente, existem diversas configurações de helicópteros, como os de rotor único com rotor de cauda, os de rotores coaxiais e os de rotores em tandem. Cada modelo atende a necessidades específicas de estabilidade, alcance e capacidade de carga.
A manutenção de um helicóptero exige inspeções frequentes e rigorosas, conforme normas de autoridades aeronáuticas como a ANAC e a FAA. Esses procedimentos visam garantir segurança operacional.
No setor de segurança pública, helicópteros são empregados por forças policiais e militares em patrulhamento, monitoramento aéreo e apoio tático. No Brasil, várias polícias estaduais mantêm frotas próprias.
Na área jornalística, helicópteros são usados para transmissões aéreas ao vivo, especialmente em coberturas de trânsito, grandes eventos e situações de emergência. As aeronaves costumam ser adaptadas com câmeras e sistemas de comunicação.
O uso civil inclui transporte executivo, apoio a plataformas de petróleo, serviços agrícolas e turismo aéreo. Em regiões de difícil acesso, o helicóptero atua como meio logístico essencial.