Reforma Tributária

Reforma tributária: Abras teme aumento da cesta básica

Presidente da entidade, João Galassi, se reuniu, ontem, na capital de São Paulo, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir os impactos do projeto sobre o setor

Correio Braziliense
postado em 02/07/2023 06:00 / atualizado em 02/07/2023 07:14
 (crédito: maurenilson freire)
(crédito: maurenilson freire)

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) estima que a proposta de reforma tributária pode gerar alta de 59,63% em impostos de itens da cesta básica e de higiene no país. O presidente da entidade, João Galassi, se reuniu, ontem, na capital de São Paulo, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir os impactos do projeto sobre o setor. Ele entregou ao chefe da pasta estudo feito pela instituição a respeito do tema.

O texto da reforma tributária prevê que 1.380 itens terão cobrança de 50% da alíquota que será aplicada a bens e serviços. "Alguns produtos aumentam até 60%. Mas há estados como o Paraná, que têm uma desoneração maior, em que o aumento de impostos pode chegar a 161%. Poucos estados podem ter ganho, apenas Roraima e Sergipe. Mas todos os estados têm aumento brutal", disse Galassi ao sair do encontro com Haddad.

O presidente da Abras afirmou também que está conversando com o relator da reforma tributária na Câmara, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), para sugerir a criação de uma cesta básica nacional. "Criando a cesta básica nacional, podemos estender a regra tributária, garantindo o abastecimento da população sem aumento de tributos", defendeu.

"O governo está sensível e trará uma solução pra a cesta básica. A reforma tributária é importantíssima e estamos felizes com o empenho do governo em fazer os ajustes necessários", destacou Galassi.

No levantamento da Abras, foram considerados produtos como arroz, feijão, carnes, ovos, legumes, dentre outros. A associação levou em conta a adoção reduzida em 50% sobre a alíquota padrão do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) prevista de 25%, que está em discussão. Segundo a entidade, os estados da região Sul serão os mais afetados, caso o projeto seja aprovado no Congresso Nacional.

O Centro-Oeste e o Sudeste aparecem logo em seguida na lista, com alta prevista de 69,3% e 55,5%. Para o Norte e o Nordeste, o crescimento deve ser de 40,5% e 35,8%, respectivamente.

 


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