REDES SOCIAIS

PGR defende que representantes do X no Brasil sejam ouvidos pela PF

Com a manifestação do Ministério Público, o caso retorna ao Supremo para decisão do ministro Alexandre de Moraes

A PGR quer saber qual foi o alcance das publicações de Musk que atacam o Supremo e as instituições brasileiras -  (crédito:  MICHAEL M. SANTIAGO/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP)
A PGR quer saber qual foi o alcance das publicações de Musk que atacam o Supremo e as instituições brasileiras - (crédito: MICHAEL M. SANTIAGO/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP)
postado em 09/04/2024 18:21

Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito das milícias digitais, ao qual o Correio teve acesso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) defende que representantes do X (antigo Twitter) no Brasil sejam ouvidos pela Polícia Federal.

De acordo com a manifestação do Ministério Público, os responsáveis pela empresa em território nacional devem ser ouvidos para revelar se algum perfil suspenso por ordem judicial foi reativado na plataforma, como prometeu o dono da empresa, Elon Musk.

Além disso, a PGR quer saber qual foi o alcance das publicações de Musk que atacam o Supremo e as instituições brasileiras.

"O Ministério Público Federal entende pertinente que os representantes legais da rede 'X' no Brasil sejam ouvidos para esclarecer se o Sr. Elon Musk detém, nos termos dos estatutos da empresa, atribuição para, sponte sua, determinar a publicação de postagens na rede referida e se o fez, efetivamente, com relação a perfis vedados por determinação judicial brasileira em vigor. Ainda, que sejam ouvidos para que possam dizer se a empresa realizou algum levantamento do bloqueio de perfil até agora suspenso por determinação judicial", destaca a manifestação do órgão ministerial.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no Supremo, negou um pedido de representantes do X no Brasil de não serem responsabilizados por eventuais descumprimento de ordens judiciais por parte da empresa. Em petição enviada à Corte, os advogados da sucursal brasileira do X dizem não ter como obrigar que o dono da empresa, Elon Musk, e outros integrantes da sede atendam às determinações judiciais.

Com a manifestação do Ministério Público, o processo retorna para decisão do magistrado.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação