Congresso

Paulo Paim chora ao falar sobre enchentes no RS: "Cenário de guerra"

Parlamentar gaúcho se emocionou ao retratar a calamidade enfrentada por seus conterrâneos e destacou as "perdas irreparáveis" causadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul

"Tragédia, catástrofe, calamidade, todas são palavras insuficientes para expressar a dor que assola o nosso estado", lamentou Paim - (crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O senador Paulo Paim (PT-RS) chorou ao falar, nesta segunda-feira (6/5), sobre a situação vivida pelos moradores do Rio Grande do Sul após a devastação causada pelas chuvas. O parlamentar destacou o “cenário de guerra” que assolou o estado e enalteceu a solidariedade dos brasileiros, que estão se mobilizando para enviar ajuda aos gaúchos.

“Não tem mais água, não tem luz, não tem gasolina. A maioria das pontes nos lugares onde os rios passam estão estouradas. Então, como é que vai entrar alimentação nos municípios? De fato, é um estado de guerra”, afirmou. “Em meio à devastação que atinge o Rio Grande do Sul, surgem valores que ultrapassam qualquer descrição que eu fizer aqui, é importante dizer da solidariedade do Brasil”, declarou, com a voz embargada.

Paim contou que tem recebido ligações de outros senadores dispostos a fazer doações de mantimentos e cobertores. “A solidariedade, a compaixão e o espírito de humanidade são faróis que iluminam o nosso caminho. As palavras parecem pequenas, eu diria, diante de tanto sofrimento”, disse.

"Essa minha emoção não é porque eu quero, é porque, de fato, dói, ver as pessoas chorando. Nesse momento, é um apoio total que nós precisamos, quem puder enviar Pix pelo governo do estado, qualquer quantia ajuda. Tudo ajuda em um momento desse", apelou Paim.

O escritório de apoio do senador, em Canoas, na grande Porto Alegre, foi atingido pela enchente. O município é um dos mais devastados, com todo o território alagado e cerca de 150 mil pessoas atingidas. “A água invadiu o meu escritório, mas e daí? Eu posso mandar pintar, trocar o piso se eu quiser, mas pensem naqueles que não têm nada, que estão pedindo uma roupa, um sapato, porque não têm mais nada, um documento não têm. E são gente como a gente. Essa é a realidade”, lamentou.

“Tragédia, catástrofe, calamidade, todas são palavras insuficientes para expressar a dor que assola o nosso estado [...] Os relatos das vítimas são como flechas que atingem o coração de qualquer cidadão. Estamos testemunhando perdas irreparáveis: pais perdendo filhos, crianças perdendo pais e avós, jovens, idosos, estão tendo sonhos varridos pela força da natureza”, completou.

O senador é um dos integrantes da Comissão Externa criada pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para concentrar as iniciativas relacionadas ao Rio Grande do Sul.

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postado em 06/05/2024 16:49 / atualizado em 06/05/2024 16:50
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