VACINAÇÃO CONTRA COVID-19

Pfizer e UFPR fazem estudo de efetividade das vacinas no Paraná

Estima-se que 4,5 mil pessoas participarão da pesquisa, a partir do fim de outubro ou início de novembro. Estudo incluirá pessoas que tomaram qualquer imunizante, não somente o da Pfizer

Gabriela Chabalgoity*
postado em 06/10/2021 17:29
 (crédito: Martin BUREAU / AFP)
(crédito: Martin BUREAU / AFP)

Um estudo para avaliar a efetividade da vacina Comirnaty contra a covid-19 começa a ser realizado pela farmacêutica Pfizer e pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) no município de Toledo (PR) nas próximas semanas. Em entrevista coletiva, nesta quarta-feira (6/10), o pesquisador do Hospital Moinhos de Vento, Regis Goulart Rosa, médico intensivista que faz parte do estudo, disse que a pesquisa tem início, com participantes, no fim de outubro ou início de novembro. Segundo ele, o início depende só da finalização de questões estruturais e operacionais.

O objetivo da pesquisa observacional é avaliar a efetividade do imunizante em um cenário de vida real no Brasil. Serão analisados os impactos da vacina em prevenção de casos sintomáticos, reinfecção, internações, mortes, efeitos adversos, além de Long Covid e consequências a longo prazo atribuídas ao coronavírus. Segundo o pesquisador, o estudo incluirá pessoas que tomaram qualquer imunizante, não somente o da Pfizer.

“Um dos nossos objetivos é avaliar o impacto da vacinação em massa para COVID-19 com a ComiRNAty em desfechos relevantes e em um contexto de alta prevalência de variantes preocupantes de SARS-CoV-2, como é o caso das variantes Gamma (P.1) e Delta. A pesquisa deve nos ajudar a entender a efetividade da vacinação para COVID-19 em nosso meio, contribuindo para o desenvolvimento de políticas de imunização baseadas em evidências locais e de alta qualidade”, acrescentou Regis.

Escolha

De acordo com os pesquisadores, a escolha da cidade se deu por critérios como região geográfica favorável, epidemiologia demonstrando estabilidade do número de casos e circulação de variantes, estrutura física para realizar a vacinação e capacidade do sistema de vigilância estabelecido na cidade.

“Além disso, o potencial de estimular a parceria científica local também foi levado em consideração, o que foi possível por meio da colaboração da Universidade Federal do Paraná (Campus Toledo), que será responsável pela realização da análise genômica das amostras positivas coletadas ao longo do projeto”, disse Júlia Spinardi, líder médica da área de vacinas da Pfizer Brasil.

O estudo será realizado por meio de ligações para entrevistas telefônicas de 1,5 mil pessoas testadas positivo para covid-19 e 3 mil que tiverem o resultado negativo.

Sobre o público da pesquisa, todas as pessoas com 12 anos de idade ou mais que procurarem os serviços de saúde com sintomas suspeitos serão convidadas a ingressar no estudo. Essas pessoas serão classificadas por os que testarem positivo para a infecção (grupo casos) e os negativos (grupo controle). De acordo com o pesquisador, informações quanto ao estado vacinal destes participantes permitirão a avaliação da efetividade e segurança da vacina em curto, médio e longo prazo”. 

O imunizante da Pfizer será fornecidos pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) à Secretaria Municipal de Saúde de Toledo e oferecido à população acima de 12 anos de idade que ainda não tenha recebido outro imunizante.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação