Intoxicação

Sobe para 9 o número de cães mortos após ingestão de petiscos industrializados

Casos foram identificados em Minas Gerais e São Paulo. Laudo preliminar aponta intoxicação por etilenoglicol

Mariana Albuquerque*
postado em 02/09/2022 17:59 / atualizado em 02/09/2022 18:00
 (crédito: DIVULGAÇÃO / WAGNER MORENTE / GCM)
(crédito: DIVULGAÇÃO / WAGNER MORENTE / GCM)

Segundo a investigação da Polícia Civil, subiu para nove o número de casos registrados de animais que morreram após comer alimentos processados, os famosos petiscos para pet. Até o momento, são seis mortes em Belo Horizonte e uma na cidade de Piumhi, no Centro-Oeste de Minas Gerais; além de duas em São Paulo. Há a suspeita de outras seis denúncias em BH e duas no Goiás — os animais estão internados e sob investigação médica e policial.

O último laudo policial registrou que três modelos de petiscos são alvos da investigação por contaminantes dos cães. São eles: Dental Care, Every Day e Petz Snack Cuidado Oral. Todos são da fabricante Bassar.

A marca se manifestou e disse estar tomando as devidas medidas desde a primeira denúncia de contaminação. "A Bassar Pet Food informa que enviou os produtos citados para análise no laboratório no Centro de Qualidade Analítica, cujo resultado deve ser divulgado nos próximos dias. Por precaução, a companhia iniciou a retirada do mercado do lote 3554 do produto Everyday", informou em nota.

Etilenoglicol

Delegada responsável pelo caso, Danúbia Quadros afirmou que a suspeita é de que a contaminação tenha sido causada por etilenoglicol. "São lotes diferentes, são vários lotes. Os petiscos que as tutoras trouxeram para a gente, todos já foram encaminhados para a realização da perícia técnica científica da Polícia Civil. Então, a gente agora aguarda o laudo em relação aos petiscos", afirmou ao G1.

Etilenoglicol é um álcool com dois grupos -OH, sendo um composto químico largamente utilizado como anticongelante automotivo. Na sua forma pura, é um composto inodoro, incolor, xaroposo líquido com sabor doce. A substância é tóxica e sua ingestão deve ser considerada uma emergência médica.

Em nota, a fabricante negou fazer uso do composto químico no alimento: “A companhia não utiliza e nunca utilizou o etilenoglicol na fabricação de nenhum de seus produtos. O propilenoglicol utilizado é um aditivo alimentar presente em alimentos humanos e animais em todo o mundo”.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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