Religiosidade

Católicos celebram nesta terça a Sagrada Face de Jesus; conheça a tradição

Comemorada nesta terça-feira (13/2), a celebração foi introduzida no Brasil há anos, mas não é costume universal entre os católicos

Santa Verônica teria secado a face de Jesus no caminho da crucificação, e o rosto dele teria ficado impresso no tecido. -  (crédito: Breviário/Reprodução)
Santa Verônica teria secado a face de Jesus no caminho da crucificação, e o rosto dele teria ficado impresso no tecido. - (crédito: Breviário/Reprodução)

Nesta terça-feira (13/2), um dia antes da Quarta-feira de Cinzas, os católicos celebram a devoção à Sagrada Face de Jesus Cristo. O objetivo da tradição é reparar as ofensas feitas a Jesus Cristo durante o carnaval.

A celebração, porém, não é realizada por todos os fiéis, uma vez que não está no calendário litúrgico universal da igreja Católica. No Brasil, a tradição foi trazida há anos, quando bispos solicitaram à Santa Sé que ela fosse realizada pela influência do carnaval no país.

Na data, é adorado o rosto de Jesus no Véu de Verônica, encontrado na cidade de Manoppello, na Itália, há 400 anos. O objeto está atualmente no santuário da comuna, na província de Pescara, em um relicário de prata com enfeites em ouro e pedras preciosas.

Em 2006, o então Papa Bento XVI foi o primeiro pontífice a venerar a relíquia depois de a peça ter sido dada como desaparecida da Basílica de São Pedro.

História do Véu

O Véu de Verônica, também conhecido como Sudário, é uma relíquia católica em que a aparência de Jesus teria sido gravada sem ser produzida por mãos humanas. A tradição ocidental conta que Santa Verônica de Jerusalém encontrou Jesus quando ele carregava a cruz em direção ao Calvário, onde seria crucificado. Ela parou um instante para limpar-lhe o sangue e o suor do rosto, e a face dele teria ficado impressa no tecido.

Existem dúvidas se o véu realmente existiu, pois todo o relato deriva de séculos de tradição. Registros seguros sobre a relíquia só aparecem em 1199, quando dois peregrinos citam o véu em seus registros de visita a Roma. Depois do saque que a cidade sofreu em 1527, alguns autores consideram que a relíquia tenha sido destruída.

No entanto, em 1999, o jesuíta alemão Heinnrich Pfeiffer, professor de história da arte na Universidade Pontifícia Gregoriana, localizada em Roma, anunciou ter encontrado o véu em uma igreja na pequena vila de Manoppello.

Em 1997, exames com raios ultravioleta foram realizados no tecido, que comprovaram que as fibras não tem nenhum tipo de pigmentação. Ou seja, não está tecida com fibras de cor e nem está pintada com tinta.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 13/02/2024 10:56
x