Sequestro

"Pedrinho", sequestrado quando bebê, faz parte da equipe jurídica de Robinho

Pedro Junior Rosalino é formado em Direito e integra a equipe de defesa de Robinho, preso no Brasil por um estupro coletivo na Itália

Pedro Junior Rosalino é advogado, formado pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub) e integra a equipe de defesa de Robinho -  (crédito: Reprodução/ Instagram)
Pedro Junior Rosalino é advogado, formado pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub) e integra a equipe de defesa de Robinho - (crédito: Reprodução/ Instagram)
postado em 01/04/2024 19:51 / atualizado em 01/04/2024 21:03

Em 1986, um bebê foi sequestrado logo após o parto em Brasília. Durante 16 anos, Osvalado Borges Júnior viveu como qualquer outro jovem, até realizar um exame de DNA, que comprovou a identidade verdadeira: Pedro Junior Rosalino Braule Pinto.

38 anos depois, Pedro Junior Rosalino é advogado, formado pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub), e integra a equipe de defesa de Robinho, ex-jogador condenado a nove anos de prisão por um estupro coletivo cometido na Itália, em 2013. Conforme apurado pelo O Globo, o caso é liderado por José Eduardo Alckmin, do escritório Alckmin Advogados, junto com uma equipe formada por Rodrigo Alencastro, Vivian Collenghi, João Paulo Chames de Alckmin, Ana Luiza Carvalho da Cunha e Pedro.

O Correio entrou em contato com Pedro Júnior Rosalino e com o escritório Alckmin Advogados para comentar o caso, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para possíveis manifestações.

Relembre o caso

Pedro, chamado de Pedrinho, nasceu em 20 de janeiro de 1986, filho de Maria Auxiliadora Rosalino e Jairo Braule. Horas depois do parto, a mãe estava com ele no Hospital Santa Lúcia, na Asa Sul, quando uma mulher apareceu e se identificou como assistente social. Ela disse que precisava levar o recém-nascido para exames. Maria Auxiliadora jamais imaginou que o bebê estava sendo sequestrado.

16 anos depois, Osvaldo Borges Júnior vivia em Goiânia com Vilma Martins Costa, que dizia ser sua mãe. Após a morte do marido de Vilma, uma parente dela escutou seus pais falando sobre a hipótese de o garoto ser o bebê raptado em 1986. Curiosa, ela pesquisou na internet e encontrou uma foto de Jairo Braule aos 10 anos, e as semelhanças com Osvaldo eram nítidas. A jovem procurou o instituto SOS Criança, que acionou a polícia.

No dia 8 de novembro de 2002, foi realizado um exame de DNA que comprovou que Osvaldo era, na verdade, Pedrinho. O rapaz se mudou para a casa dos pais no ano seguinte e assumiu sua real identidade, Pedro Júnior Rosalino Braule Pinto.

Vilma, no início, disse que um gari teria encontrado o garoto no lixo e entregado a criança. Mais tarde, no entanto, ela confessou o rapto de Pedrinho.

Confira a apuração do Correio Braziliense sobre o caso ao longo dos anos:

  • Matéria em que Pedrinho e os pais são solidários a um outro sequestro de bebê, ocorrido em 2017. Jornal de 8 de junho de 2017
    Matéria em que Pedrinho e os pais são solidários a um outro sequestro de bebê, ocorrido em 2017. Jornal de 8 de junho de 2017 Arquivo/CDoc/D.A. Press
  • Matéria em que o Correio atualiza como está a carreira e a vida pessoal de Pedrinho, em 26 de abril de 2019
    Matéria em que o Correio atualiza como está a carreira e a vida pessoal de Pedrinho, em 26 de abril de 2019 Arquivo/Cdoc/D.A. Press
  • Matéria em que o Correio conversa com Pedrinho para saber ele vive 12 anos após conhecer seus pais biológicos, em 22 de fevereiro de 2015
    Matéria em que o Correio conversa com Pedrinho para saber ele vive 12 anos após conhecer seus pais biológicos, em 22 de fevereiro de 2015 Arquivo/CDoc/D.A. Press
  • Memória do Caso Pedrinho publicada em 7 de junho de 2017
    Memória do Caso Pedrinho publicada em 7 de junho de 2017 Arquivo/CDoc/D.A. Press
  • Matéria publicada sobre a participação de Pedrinho na defesa de Aécio Neves, em 1º de junho de 2017
    Matéria publicada sobre a participação de Pedrinho na defesa de Aécio Neves, em 1º de junho de 2017 Arquivo/CDoc/D.A. Press

Caso Robinho

Robinho foi preso depois de a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir que ele deveria cumprir no Brasil a pena de 9 anos imposta pela Justiça Italiana pelo crime de estupro coletivo. O crime aconteceu em 2013, enquanto o jogador era titular do Milan, time de Milão.

A equipe jurídica contratada por Robinho trabalha em uma estratégia para tentar tirar o jogador da prisão, de acordo com Malu Gaspar, do Globo. Será apresentado recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF), o qual deve prever a revisão da decisão de Luiz Fux, ou que o recurso seja enviado para o plenário do Supremo ou que o caso seja analisado pela Primeira Turma do STF.

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