SAÚDE

Autoteste de HIV terá a embalagem mais discreta para incentivar o uso

Com resultados em 20 minutos, a atualização do exame visa ampliar o diagnóstico e garantir o tratamento da infecção

Menor e mais discreta, a atualização do exame visa ampliar o diagnóstico e garantir o tratamento da infecção o mais rápido possível
 -  (crédito: MS/Divulgação )
Menor e mais discreta, a atualização do exame visa ampliar o diagnóstico e garantir o tratamento da infecção o mais rápido possível - (crédito: MS/Divulgação )

O autoteste para HIV contará com uma nova embalagem nos próximos meses. Menor e mais discreta, a atualização do exame visa ampliar o diagnóstico e garantir o tratamento da infecção o mais rápido possível. O autoteste tem distribuição gratuita em todo o território nacional e pode ser realizado de forma prática por meio de uma amostra de fluído oral. 

De acordo com o Ministério da Saúde, a mudança não é apenas estética, mas também eficiente para a logística do transporte do exame. “Essa mudança não se limita a um simples ajuste estético, acreditamos que a embalagem menor facilitará o transporte do autoteste, tornando-o mais discreto e acessível”, afirma o coordenador-geral de Vigilância de HIV e Aids, Artur Kalichman.

“Simplificar o processo de testagem e torná-lo mais acessível e menos intimidador são formas de quebrar barreiras e tornar a resposta ao HIV mais eficaz e inclusiva”, conclui o diretor do Departamento de HIV, Aids Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Draurio Barreira.

A nova embalagem também traz uma tarja laranja, o que indica que a venda é proibida. Além disso, possui o número gratuito de suporte do fornecedor, com funcionamento 24 horas por dia.  

Como fazer o autoteste? 

O exame é feito por meio de amostra de fluído oral e o resultado sai em até 20 minutos. Para realizar o autoteste é necessário ficar 30 minutos sem beber, comer, fumar ou fazer higiene oral. Dentro da embalagem contém um tubo de solução diluente, uma swab (cotonete), um cartão de resultado, uma tira-teste que indicará o resultado, um guia do usuário e um cartão com instruções, além de um saco para descarte.

Segundo o Ministério da Saúde, o autoteste é recomendado para pessoas que têm ou tiveram comportamentos sexuais de risco, como relação sexual desprotegida, rompimento de preservativo, abuso sexual, além de usuários de drogas e pessoas que passaram por acidentes de trabalho com objetos perfurocortantes. 

Em casos de resultado positivo, é necessário passar por uma série de exames e o início da profilaxia pós-exposição (PrEP), já que o autoteste não é considerado um resultado definitivo. 

Os últimos dados do ministério mostram que, até 2023, foram distribuídos mais de 182 mil autotestes no país. Desse total, 37% foram direcionados para uso em Prep no próprio sistema de saúde e 27% foram retirados para uso individual.

*Estagiária sob a supervisão de 

Maria Beatriz Giusti*
postado em 17/01/2025 16:19
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