yanomami

Garimpo ilegal reduziu 91% na Terra Indígena Yanomami, diz governo

Balanço do governo federal apresentado nesta segunda-feira (20/1) também aponta redução nas mortes por desnutrição

A crise, que ganhou destaque em 2023 devido às mortes de crianças por desnutrição e doenças agravadas pela presença de garimpeiros -  (crédito:  Hiromi Nagakura/Divulgação)
A crise, que ganhou destaque em 2023 devido às mortes de crianças por desnutrição e doenças agravadas pela presença de garimpeiros - (crédito: Hiromi Nagakura/Divulgação)

Dois anos após a decretação de emergência de saúde pública na Terra Indígena Yanomami, o governo federal anunciou avanços no combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena e redução de mortes indígenas.

Dados divulgados pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (SECOM) apontam redução de 91% na área ocupada pelo garimpo, que caiu de 4.570 hectares, em março de 2023, para 313,6 hectares em dezembro do mesmo ano.

Conforme o balanço apresentado pelo governo, também foi registrada uma queda de 27% no número de óbitos no primeiro semestre de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023, passando de 213 para 155. 

A crise, que ganhou destaque em 2023 devido às mortes de crianças por desnutrição e doenças agravadas pela presença de garimpeiros, levou o governo Lula a iniciar operações de retirada de invasores e a destinar R$ 1,7 bilhão para ações emergenciais. Medidas como a reabertura de sete polos de saúde, atendendo 5,2 mil indígenas, e a instalação de uma Casa de Governo em Boa Vista fortaleceram a assistência à população. 

O governo também planeja inaugurar um hospital com 75 leitos exclusivos para indígenas e reformar instalações militares para reforçar a segurança na região. Outra proposta em discussão é o envolvimento de jovens indígenas no monitoramento do território, promovendo ocupação e autonomia para as comunidades. 

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

Apesar dos avanços, lideranças e especialistas criticam a lentidão na divulgação dos dados consolidados de 2024, enquanto o Ministério da Saúde afirma que os números estão sendo qualificados para garantir precisão e confiabilidade.

*Estagiária sob supervisão de Jaqueline Fonseca

Juliana Sousa
postado em 20/01/2025 19:28
x