MINAS GERAIS

Menino de 8 anos é atacado por pitbull e perde parte da orelha

Criança teve parte da orelha arrancada e foi socorrida para o Hospital João XXIII, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte

Ataque ocorreu por volta das 2h30, quando o pitbull conseguiu entrar na casa, localizada na Rua Nicodemos Celestiano da Mota, no Bairro Santinho, após o pai da criança esquecer uma porta aberta -  (crédito: rmacwheeler/Pixabay)
Ataque ocorreu por volta das 2h30, quando o pitbull conseguiu entrar na casa, localizada na Rua Nicodemos Celestiano da Mota, no Bairro Santinho, após o pai da criança esquecer uma porta aberta - (crédito: rmacwheeler/Pixabay)

Um menino de oito anos foi atacado pelo próprio animal de estimação de sua família, um cachorro da raça pitbull, na madrugada desta quinta-feira (23/1) em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O animal arrancou parte da orelha da criança, que foi socorrida às pressas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e pelo Corpo de Bombeiros, e transportada para o Hospital João XXIII, na Região Centro-Sul da capital.

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O ataque ocorreu por volta das 2h30, quando o pitbull conseguiu entrar na casa, localizada na Rua Nicodemos Celestiano da Mota, no Bairro Santinho, após o pai da criança esquecer uma porta aberta. O menino, que estava dormindo, foi surpreendido pelo cão, que o atacou após a criança acordar assustada com o barulho, enquanto ele ainda estava na cama.

A mordida do animal causou um sangramento intenso e arrancou parte da orelha da vítima, conforme informações do Corpo de Bombeiros (CBMMG). Os militares preservaram o pedaço da orelha arrancada em uma geladeira, na tentativa de possibilitar uma futura cirurgia de reconstrução do órgão. 

Não há informações atualizadas sobre o estado de saúde do menino, uma vez que o hospital não divulga detalhes sobre seus pacientes.  

Em nota, a Prefeitura de Ribeirão das Neves manifestou solidariedade à família da criança atacada pelo animal. Segundo o comunicado, a vítima foi atendida inicialmente pelo Samu e, devido à gravidade do trauma, transferida para o João XXIII, referência em casos de alta complexidade. "A criança está recebendo os cuidados especializados necessários", informou.

O que diz a lei

O caso acontece poucos dias após a promulgação de uma nova lei em Minas Gerais que endurece as regras para a criação e manejo de cães de raças consideradas potencialmente perigosas, como pitbulls, rottweilers e dobermanns. A Lei 25.165 determina a obrigatoriedade do uso de focinheiras e coleiras com identificação em locais públicos. 

Além disso, a procriação e a entrada desses cães no estado seguem proibidas. Aqueles animais já existentes no território mineiro, assim como cachorros de raças semelhantes, devem utilizar focinheira e coleira com nome, endereço e telefone de contato de seu tutor. 

Outro ponto central da legislação é a responsabilidade de quem conduz os animais. Apenas maiores de 18 anos podem levar cães dessas raças para passeios em áreas públicas. Em caso de descumprimento, estão previstas multas a partir de R$ 553,10, valor que pode ultrapassar R$ 16 mil em casos de ataques com lesões graves.  

Os números justificam a medida. Dados do Hospital João XXIII revelam que, entre janeiro e setembro de 2024, foram registrados 2.294 atendimentos relacionados a ataques de cães. Em 2023, o total foi ainda maior, com 2.838 ocorrências.

Sílvia Pires
SP
postado em 23/01/2025 15:17
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