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'Acervo da Pandemia' mostra impacto do negacionismo nas mortes por covid-19

Projeto da Unifesp traz documentos sobre como o mau gerenciamento na pandemia de covid-19 resultou em mais de 700 mil mortes no Brasil

Desde o começo da pandemia, o Brasil registrou quase 40 milhões de casos e mais de 700 mil mortes -  (crédito: Foto: Divulgação/Amazônia Real)
Desde o começo da pandemia, o Brasil registrou quase 40 milhões de casos e mais de 700 mil mortes - (crédito: Foto: Divulgação/Amazônia Real)

Por Fernanda Ghazali - O Centro SoU_Ciência, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), lançou, nesta quarta-feira (12/3), o Acervo da Pandemia, que reúne cerca de 250 documentos que expõem como a desinformação e o negacionismo influenciaram na opinião pública e na condução da crise sanitária no Brasil. O lançamento ocorre no aniversário de cinco anos da primeira morte por covid-19 no Brasil — desde então, foram mais de 700 mil óbitos no país e 40 milhões de casos.

Há cinco anos, uma mulher de 57 anos morreu em decorrência de complicações da doença no Hospital Municipal Dr Carmino Caricchio, em São Paulo. Um dia antes, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou oficialmente o surto de covid19 como pandemia.

O acervo é um repositório digital composto por textos, vídeos e áudios, e constata a atuação de agentes públicos e privados na disseminação de informações falsas, no incentivo ao uso de medicamentos ineficazes e na negação da vacina e de medidas sanitárias, colocando em risco a vida da população brasileira.

“A pandemia de covid-19 revelou de forma brutal as desigualdades estruturais de nossa sociedade, expondo como fatores socioeconômicos, raciais e geográficos determinaram quem teve mais chances de sobreviver e quem foi mais vulnerável aos impactos devastadores do vírus, tornando a crise sanitária um espelho das injustiças sociais existentes”, informou o SoU_Ciência.

O acerto é gratuito e está aberto ao público. 

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Correio Braziliense
postado em 12/03/2025 20:43
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