Povos indígenas

Garimpo ilegal tem prejuízo de R$ 477 milhões em Terra Yanomami

Operação estruturada pela Casa Civil reduziu a área explorada por criminosos em Território Indígena Yanomami em 98%. No total, foram realizadas mais de 6,4 mil ações na região desde 2024, diz governo

Já foram desmantelados 627 acampamentos, 207 embarcações, 101 balsas e 29 aeronaves. Foram destruídas, também, 59 pistas de pouso clandestinas -  (crédito: PF/Divulgação)
Já foram desmantelados 627 acampamentos, 207 embarcações, 101 balsas e 29 aeronaves. Foram destruídas, também, 59 pistas de pouso clandestinas - (crédito: PF/Divulgação)

A ação integrada do governo para combater o garimpo ilegal e proteger povos indígenas na Terra Indígena Yanomami (TIY) causou prejuízos superiores a R$ 477 milhões aos criminosos desde 2024, com apreensão de centenas de máquinas, armas e destruição de estruturas ilegais. 

Planejada pela Casa Civil da Presidência da República e criada em fevereiro do ano passado, a Casa de Governo reúne dezenas de órgãos federais. O balanço, divulgado nesta segunda-feira (11/8), mostra que foram realizadas 6.425 ações de combate, fiscalização e apoio humanitário.

Somente na semana passada, foi feita a apreensão recorde de 103 quilos de ouro perto de Boa Vista (RR). Com essa ação, o número de apreensões pelas forças federais alcançou 138 quilos, avaliados em R$ 82,2 milhões, segundo cotação de sexta-feira (8). 

Além disso, em julho, o índice de áreas de garimpo ilegal na TIY caiu 98%. Já foram desmantelados 627 acampamentos, 207 embarcações, 101 balsas e 29 aeronaves — sendo inutilizados 112 mil litros de diesel e 12 mil litros de gasolina. Foram destruídas, também, 59 pistas de pouso clandestinas.

As ações-surpresas são algo frequente para enfraquecer as operações ilegais. Em junho, a Operação Asfixia realizou mais de 220 horas de voo para identificar, apreender e destruir estruturas.

O governo também destacou que novas estruturas permanentes estão próximas da inauguração em Roraima, como o polo de saúde em Surucuru, o Centro de Referência em Direitos Humanos (CRDHYY) e o Centro de Atendimento Integrado à Criança Yanomami e Ye’kwana (CAICYY). 

*Estagiário sob supervisão de Andreia Castro

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

 

  • Google Discover Icon
CY
postado em 11/08/2025 15:41
x