
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou o pedido de habeas corpus do fisiculturista que agrediu a namorada em um apartamento alugado pelo casal na capital paulista. Com isso, Pedro Camilo Garcia segue preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente.
Segundo o relator, o desembargador Klaus Marouelli Arroyo, "a decisão de prisão preventiva está fundamentada na gravidade concreta do delito e no risco à ordem pública". Ainda de acordo com Arroyo, o fisiculturista não sofre de grave problema de saúde que não possa ser tratado na prisão.
Na decisão, o relator ainda frisou a gravidade do fatos envolvendo o fisiculturista e o estado de saúde vítima — que ficou "em coma, com internação prolongada, realização de diversas cirurgias e perda de memória, dentre outras implicações". "Em casos assim, há necessidade se preservar a vítima e sua integridade física e psicológica", afirmou o desembargador.
Ao Correio, a defesa do atleta informou que vai ingressar com um novo pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), argumentando a possibilidade de substituição da prisão preventiva por medidas cautelares. Segundo o advogado Eugênio Malavasi, o fisiculturista ainda não foi submetido à cirurgia necessária para tratar a fratura na mão.
Entenda o caso
As agressões ocorreram em 14 de julho em Moema. A vítima foi socorrida por policiais militares e permaneceu internada em São Paulo até o dia 16 daquele mês, sendo depois transferida para Santos, no litoral, onde reside. Ela recebeu alta médica em 27 de julho, conforme informações do portal g1.
Durante o ataque, Pedro sofreu uma fratura na mão. Após a agressão, ele fugiu para Santos, mas foi localizado e detido pela Polícia Militar. Em audiência de custódia, a prisão em flagrante acabou convertida em preventiva.
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou o agressor por tentativa de feminicídio, com agravantes de emprego de meio cruel e motivo fútil.
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