DIA DA INDEPENDÊNCIA

Políticos da esquerda reforçam defesa da democracia em ato de 7 de Setembro

Ricardo Capelli, Erika Kokay e Glauber Braga participaram do Grito dos Excluídos em Brasília e criticaram anistia a golpistas

O Grito dos Excluídos, realizado neste domingo (7/9) na Praça Zumbi dos Palmares, no Conic, reuniu não apenas movimentos sociais, mas também políticos da esquerda que discursaram em defesa da democracia e contra a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023. Entre os presentes estavam o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) e o deputado Glauber Braga (PSol-RJ).

Capelli lembrou sua atuação durante a invasão de extremistas nas sedes dos Três Poderes.

“Naquele 8 de janeiro, passamos dias sem dormir para desmontar acampamentos e prender mais de 1,200 golpistas. Não podemos aceitar que agora tentem transformar isso em impunidade. Essa semana é histórica: vamos colocar os responsáveis no banco dos réus”, afirmou.

Ele também fez um alerta para o cenário eleitoral de 2026. “Trump já deixou claro que vai tentar interferir na soberania do Brasil. Por isso, precisamos reeleger Lula e dialogar com o povo trabalhador do Distrito Federal”. 

A deputada Erika Kokay reforçou o tom contra a anistia. Para ela, a democracia brasileira precisa de firmeza no enfrentamento aos golpistas.

“Não há espaço para perdão a quem atentou contra o Brasil. Prisão para Bolsonaro e liberdade para o povo brasileiro. Democracia e soberania não combinam com anistia”, destacou.

Glauber Braga, por sua vez, levou o filho ao ato e defendeu a mobilização popular como forma de resistência.

“Quem defende de verdade a independência são aqueles que escolhem as ruas como instrumento de luta. Não adianta usar a bandeira nacional para justificar submissão a Donald Trump ou ataques à democracia”, disse. O parlamentar também cobrou responsabilização da família Bolsonaro. “Eduardo Bolsonaro, seu pai e todos os golpistas precisam ser julgados”. 

Capelli aproveitou a ocasião para convocar os movimentos sociais a expandirem os atos para além do centro de Brasília. Ele citou regiões como Sol Nascente, Samambaia e São Sebastião, onde, segundo ele, a classe trabalhadora vive sem infraestrutura básica.

“Não podemos nos limitar ao Plano Piloto. Temos que falar com quem mais precisa ouvir sobre as conquistas do presidente Lula”, defendeu.

O ato deste ano, que tem como lema Vida em Primeiro Lugar, ocorre paralelamente ao desfile cívico-militar de 7 de Setembro e se espalha por capitais do país. Em Brasília, a Praça Zumbi dos Palmares foi palco de discursos políticos, apresentações culturais e manifestações de movimentos sindicais e populares ao longo da manhã.



 

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