
O feriado que celebra a Independência do Brasil virou palco de manifestações políticas neste domingo (7/9). Nas principais capitais do país, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e movimentos ligados à esquerda ocuparam ruas e praças, transformando a data cívica em um retrato da polarização política do país.
De um lado, grupos bolsonaristas pediram anistia para os réus do 8 de janeiro e defenderam o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em outra ponta, militantes de esquerda celebraram o julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e entoaram o coro “sem anistia” em atos organizados por centrais sindicais e partidos políticos.
Em São Paulo, a Praça da República concentrou a principal mobilização da esquerda. O ato foi convocado por movimentos sociais, centrais sindicais e partidos como PT e PSol. Subiram ao palanque o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o presidente do PT, Edinho Silva, além dos deputados federais por SP Guilherme Boulos e Érika Hilton.
Os discursos giraram em torno de dois eixos: defesa da soberania nacional e rejeição à anistia, ambos em suas bases eleitorais. O deputado Rogério Correia (PT-MG) afirmou que “não cabe perdão para quem tentou destruir a democracia”.
A deputada Natália Bonavides (PT-RN) destacou pautas sociais, como o fim da escala de trabalho 6x1 e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
“Enquanto tem gente que se articula com o país estrangeiro para atacar o nosso país, a gente está aqui para lembrar que o nosso país, para ser soberano, também precisa que o seu povo tenha os direitos respeitados”, disse a parlamentar.
O ministro Paulo Teixeira (PT-SP) foi mais incisivo ao criticar a direita. Ele acusou a ala de “bater continência para a bandeira americana”. Segundo o chefe da pasta, o verde e amarelo, símbolos nacionais, pertencem ao povo e não a um campo político específico.
Direita protesta
As manifestações bolsonaristas também reuniram multidões em Fortaleza, Recife, Campo Grande e Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro. O tom foi de exaltação ao ex-presidente e de críticas ao governo Lula e ao STF.
Em Belo Horizonte, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) disse que a anistia será inevitavelmente votada no Congresso. “O Lula ninguém aguenta mais. Esse não é o presidente que o Brasil quer. Nós queremos um povo livre, livre do PT”, afirmou.
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