
Manifestantes da esquerda se reuniram, na manhã deste domingo (7/9), na Praça Zumbi dos Palmares, no Conic, para participar do Grito dos Excluídos. O ato ocorreu paralelamente ao desfile cívico-militar do 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, e foi marcado por discursos em defesa da democracia e críticas à anistia aos acusados de tentativa de golpe de Estado.
Entre os presentes, estavam representantes de movimentos sociais, sindicais, estudantis e culturais. Para o professor de história João Henrique Alves, 41 anos, a mobilização é uma forma de reafirmar que a data não pertence apenas ao civismo militar.
“O 7 de Setembro não pode ser reduzido a um desfile oficial. É também um dia para lembrar que a independência só é real quando há justiça social, o Brasil é nosso, a bandeira é nossa”, afirmou.
A professora aposentada Lúcia Marçal, 67, ressaltou a necessidade de manter viva a memória recente dos atos violentos de de 8 de janeiro de 2023 — que culminaram na depredação dos prédios dos três Poderes. “Não podemos permitir que a impunidade vença. O país tem que mostrar que aprendeu com a história e que não aceitará retrocessos”, disse.
O estudante Tiago Ferreira, 17 anos, levou cartazes contra a violência política. Ele defendeu que a juventude ocupe espaços de luta na democracia.
“Estamos aqui porque somos parte do futuro. E o futuro precisa ser construído com democracia, participação popular e soberania nacional”, declarou.
Com o tema “Vida em Primeiro Lugar” e “Cuidar da casa comum e da democracia”, a manifestação reuniu movimentos sociais, sindicais, estudantis e culturais de Brasília e de outras cidades. O ato foi marcado para começar às 10h, mas a concentração teve início por volta das 9h, com grupos entoando palavras de ordem e batucadas.
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