ASSASSINA EM SÉRIE

"Serial killer do veneno": celular apreendido pode ajudar a esclarecer crimes

Marcelo, Maria Aparecida, Hayder e Neil foram mortos por envenenamento entre janeiro e maio deste ano. Todos tinham algum tipo de relação com Ana Paula Veloso Fernandes, apontada pela Justiça como uma assassina em série

Secretaria de Segurança Pública informou que o aparelho pode ajudar a esclarecer uma série de mortes ocorridas entre janeiro e maio deste ano em Guarulhos, São Paulo e Duque de Caxias (RJ) -  (crédito: Reprodução)
Secretaria de Segurança Pública informou que o aparelho pode ajudar a esclarecer uma série de mortes ocorridas entre janeiro e maio deste ano em Guarulhos, São Paulo e Duque de Caxias (RJ) - (crédito: Reprodução)

Durante o cumprimento do mandado de prisão temporária contra Ana Paula Veloso Fernandes, 35 anos, apontada pela Justiça como uma assassina em série, a Polícia Civil de São Paulo apreendeu o celular da suspeita, que agora passa por perícia em busca de novas conexões. Em nota enviada ao Correio, a Secretaria de Segurança Pública informou que o aparelho pode ajudar a esclarecer uma série de mortes ocorridas entre janeiro e maio deste ano em Guarulhos, São Paulo e Duque de Caxias (RJ)

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Entre janeiro e maio deste ano, quatro pessoas morreram em circunstâncias misteriosas. A Polícia Civil de São Paulo e a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) descobriram que as mortes seguiam o mesmo padrão: todas provocadas por substância tóxica, provavelmente chumbinho, veneno de rato de venda proibida no país. As vítimas apresentavam edemas nos pulmões e outros sinais compatíveis com intoxicação.

Ana Paula demonstrou conhecimento técnico sobre o uso do veneno e sabia manipular a dosagem para simular causas naturais de morte. As investigações também apontam o envolvimento da irmã gêmea da suspeita e da filha de uma das vítimas, ambas presas.

Veja quem são as vítimas:

Marcelo Hari Fonseca

O primeiro a morrer, Marcelo Hari Fonseca vivia em Guarulhos e dividia o mesmo terreno com Ana Paula. Os dois tinham uma relação conturbada, marcada por brigas e desentendimentos. Segundo a polícia, a mulher o matou após supostas ameaças. Depois do crime, tentou permanecer na casa afirmando que mantinha um relacionamento amoroso com a vítima.

Maria Aparecida Rodrigues

Maria Aparecida mantinha um envolvimento afetivo com Ana Paula. A relação, que parecia próxima, terminou de forma trágica. Antes de matá-la, a suspeita registrou uma linha telefônica em nome da companheira, na tentativa de incriminar outras pessoas — entre elas, um ex-amante e a esposa dele. Maria foi envenenada poucas horas depois.

Hayder Mhazres

Hayder Mhazres, imigrante tunisiano, conheceu Ana Paula por um aplicativo de relacionamentos. Segundo as investigações, ela fingiu estar grávida e, ao ser rejeitada, planejou o assassinato. O crime aconteceu em São Paulo, e a vítima foi encontrada morta com sinais de envenenamento.

Neil Corrêa da Silva

A última vítima foi Neil Corrêa da Silva, morador de Duque de Caxias (RJ). Ele teria sido envenenado por Ana Paula a pedido da própria filha, que prometeu uma recompensa pelo crime. Ela também está presa e é investigada por participação direta no homicídio.

Em depoimento, a suspeita confessou também ter matado 10 cachorros, com a intenção de testar o efeito do veneno. 

O Correio entrou em contato com o Tribunal de Justiça e o Ministério Público do estado para ter acesso às defesas dos acusados, mas os órgãos afirmaram que a investigação segue sob segredo de justiça. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

 

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postado em 13/10/2025 19:51 / atualizado em 13/10/2025 21:23
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