Rio de Janeiro

Esposa de policial morto em operação no Rio divulga última conversa

Heber Carvalho da Fonsera fazia parte do Batalhão de Operações Especiais e foi atingido durante confronto com criminosos

Segundo nota oficial, Heber chegou a ser levado ao Hospital Getúlio Vargas mas não resistiu aos ferimentos -  (crédito: Reprodução Instagram)
Segundo nota oficial, Heber chegou a ser levado ao Hospital Getúlio Vargas mas não resistiu aos ferimentos - (crédito: Reprodução Instagram)

A esposa do 3º sargento do Bope Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos, morto durante a megaoperação no Rio de Janeiro, divulgou a última troca de mensagens que teve com o marido. O militar foi um dos 121 mortos durante o confronto, nessa terça-feira (28/10), nos complexos do Alemão e da Penha.

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Heber foi atingido em troca de tiros com criminosos ainda pela manhã e não resistiu aos ferimentos. Os prints do Instagram, divulgados por Jéssica Araújo, indicam que as mensagens foram trocadas pouco depois das 10h da manhã.

Jéssica escreveu: “Você tá bem? Deus está te cobrindo. Estou orando”.

Às 10h57, Heber responde: “Estou bem. Continua orando”.

Jéssica: “Te amo. Cuidado pelo amor de Deus. Muitos baleados. Amor. Me dá sinal de vida sempre que puder”.

Duas ligações de voz não atendidas foram feitas entre 13h33 e 13h36.

“E você não falou mais. E agora o que eu vou falar pra Sofia?”, desabafa Jéssica na publicação.

Troca de mensagens entre a esposa e o policial baleado durante a operação
Troca de mensagens entre a esposa e o policial baleado durante a operação (foto: Reprodução Instagram)

"Ele dizia que tinha uma senha em suas mãos, toda vez que perdia um colega. Que o dia que acontecesse com ele, iria fazendo o que mais amava. E a gente nunca acredita, esse dia chegou. Não consigo explicar essa dor", escreve a esposa em outra publicação.

Segundo nota oficial do Batalhão de Operações Especiais, Heber chegou a ser levado ao Hospital Getúlio Vargas, onde morreu. Ele deixa a esposa, uma filha e dois enteados. 

A operação é considerada a mais letal da história do país e do Rio de Janeiro, ultrapassando inclusive o Massacre do Carandiru, de 1992. Outros três policiais e 117 civis foram mortos.

 

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postado em 29/10/2025 21:15 / atualizado em 29/10/2025 21:15
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