
A Operação Contenção, realizada nos Complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na terça-feira (28/10) foi a ação policial mais letal da história da capital, com 64 mortos — entre eles, dois policiais civis e dois militares. A megaoperação tinha como objetivo capturar lideranças da facção Comando Vermelho (CV), além de combater a expansão territorial da organização.
De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Militar, os dois PMs eram integrantes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Ambos chegaram a ser socorridos e levados ao Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiram aos ferimentos. O sargento Cleiton Serafim, de 42 anos, ingressou na corporação em 2008. Ele deixa mulher e uma filha. Já o sargento Heber Fonseca, de 39 anos, estava na PM desde 2011 e deixa mulher, dois filhos e um enteado.
Entre os policiais civis mortos estão o comissário Marcus Vinícius, conhecido como Máskara, de 51 anos, que atuava na 53ª DP (Mesquita), e o inspetor Rodrigo Cabral, de 34 anos, lotado na 39ª DP.
Casado há 17 anos, Cabral deixa uma filha. Nas redes sociais, a esposa prestou homenagem, destacando a coragem e o compromisso do policial.“Sua dedicação como Policial Civil era a prova do seu coração corajoso. Você partiu cumprindo sua missão de proteger a sociedade, e isso é um legado de bravura que jamais será esquecido.”
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Em nota, tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Militar lamentaram as mortes. A Civil afirmou que “os ataques covardes de criminosos contra nossos agentes não ficarão impunes. A resposta está vindo, e à altura”.
O governador Cláudio Castro também publicou nas redes sociais nesta quarta-feira (29/10) uma nota de pesar. Na publicação, o governador classificou o dia como “histórico no enfrentamento ao crime organizado”. “Hoje o Rio de Janeiro amanheceu de luto. Quatro bravos policiais foram mortos por narcoterroristas durante a Operação Contenção”. Castro informou ainda que os quatro policiais serão promovidos postumamente em reconhecimento ao serviço prestado.

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