METANOL

Brasil tem 127 casos suspeitos de intoxicação por metanol, diz ministro da Saúde

Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirma que número de confirmações segue em 11 e anuncia novas compras de antídotos para hospitais

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou, na manhã deste sábado (4/10), que o Brasil registra 127 casos suspeitos de intoxicação por metanol. Segundo ele, houve aumento nas notificações de suspeitas clínicas, mas não no número de confirmações laboratoriais da substância.

“Não teve aumento de confirmação laboratorial. O que teve foi o aumento de suspeita clínica”, disse o ministro em entrevista coletiva, em Teresina (PI), ao anunciar o plano do governo federal para reforçar o estoque de antídotos contra o metanol.

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De acordo com Padilha, 11 casos foram confirmados em laboratório. Até o momento, 12 unidades da Federação notificaram o Ministério da Saúde sobre pelo menos um caso suspeito de intoxicação. O avanço das investigações ocorre em meio à preocupação com bebidas adulteradas em bares e comércios em diferentes estados.

Durante a coletiva, Padilha anunciou que o governo adquiriu mais 12 mil ampolas de etanol farmacêutico para reforçar o “estoque estratégico” de hospitais universitários. O carregamento deve chegar na próxima semana. “O Ministério da Saúde já tinha adquirido 4.300 ampolas do etanol farmacêutico. Agora, compramos mais 12 mil de um laboratório nacional”, destacou.

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O governo também comprou, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), outro antídoto para tratar intoxicações por metanol: o Fomepizol. Segundo o ministro, o país adquiriu 2.500 tratamentos do medicamento junto a uma empresa japonesa. A previsão é de que o carregamento chegue nos próximos dias.

Com a nova compra, o Brasil passa a contar com dois antídotos no tratamento de casos de intoxicação por metanol: o etanol farmacêutico e o Fomepizol. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também encaminhou aos estados e municípios uma lista com as 609 farmácias de manipulação aptas a produzir o antídoto. “Temos garantido em toda a rede do SUS, nos centros de referência de toxicologia, o etanol farmacêutico para os casos suspeitos”, concluiu Padilha.

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