Quatro pessoas foram internadas após consumirem uma planta conhecida popularmente como "fumo bravo" ou nicotiana glauca. A folha foi confundida pela família com couve e preparada no almoço. O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais foi acionado na quarta-feira (8/10) para atendimento das vítimas de intoxicação alimentar no município de Patrocínio.
Segundo o jornal Estado de Minas, um homem de 67 anos apresentou melhora clínica e recebeu alta médica na quinta-feira (9/10). Três pessoas da mesma família permanecem internadas em estado gravíssimo.
As vítimas que estão internadas são uma mulher de 37 anos e dois homens, de 60 e 67 anos, que estão intubadas e em coma induzido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Patrocínio.
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Uma criança de dois anos também foi hospitalizada para observação, embora não tenha ingerido a planta. A Vigilância Sanitária recolheu amostras da planta na residência e enviou para análise. A Fundação Ezequiel Dias (Funed) participa da investigação do caso.
A planta em questão é a Nicotiana glauca, que é da mesma família do tabaco, originária do norte e nordeste da Argentina e da Bolívia. Atualmente, está naturalizada em várias regiões do sul da América Tropical, Estados Unidos, México, Austrália, Caribe e em áreas secas do Velho Mundo. No Brasil, ocorre de forma cultivada ou ruderal, em ambientes secos ou úmidos, principalmente em quintais, beiras de estrada e áreas rurais.
Planta tóxica
A Nicotiana glauca contém alcaloides piridínicos, como anabasina, nicotina, anatabina e nornicotina, que agem sobre o sistema nervoso e afetam funções vitais como batimentos cardíacos, respiração e controle muscular. Alguns desses metabólitos podem levar à paralisia respiratória e até à morte.
A intoxicação pela Nicotiana glauca ocorre em duas fases: inicialmente, os alcaloides causam uma superestimulação dos músculos e órgãos, levando a taquicardia, hipertensão, náusea, tontura e sudorese intensa. Em seguida, os receptores nervosos entram em fadiga, provocando queda brusca da frequência cardíaca, paralisia muscular e respiratória e, em casos graves, parada cardíaca.
Com informações do Estado de Minas*
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