TREMOR

Tremor de terra de 4,2 abala oeste da Bahia e é sentido em cidades vizinhas

Tremor de magnitude 4,2 em Luís Eduardo Magalhães provoca vibrações em casas e prédios de cidades da Bahia e do Tocantins

Um tremor de terra de magnitude 4,2 na escala Richter foi registrado na manhã desta terça-feira (14/10), às 10h14, com epicentro localizado nas proximidades de Luís Eduardo Magalhães, cidade no Oeste da Bahia. O fenômeno foi detectado por estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e analisado pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Em nota, a RSBR informou que o evento foi classificado como um sismo de magnitude moderada dentro dos padrões brasileiros e destacou que "a ocorrência de tremores dessa intensidade, embora não frequente, pode ser sentida em áreas mais amplas do que aqueles de baixa magnitude, como os que usualmente ocorrem no país". Ainda segundo a rede, o abalo “teve origem natural e está associado às pressões geológicas existentes na crosta terrestre, comuns em determinadas regiões do território nacional”.

Moradores de diversas partes da cidade relataram ter sentido o tremor, com vibrações perceptíveis em estruturas como paredes, janelas e móveis. O abalo também foi percebido em municípios vizinhos e em localidades do Tocantins, como Taguatinga, indicando um alcance regional.

"Na hora, achei que fosse um caminhão pesado passando, daqueles que fazem muito barulho e fazem o chão vibrar", disse, ao Correio, Maria Clara de Santana Souza, de 21 anos, moradora de Luís Eduardo Magalhães. "Fez um barulho forte, mas o tremor em si foi mais leve, como se a casa tivesse vibrado por alguns segundos."

Maria Clara contou que, inicialmente, não associou o ocorrido a um fenômeno sísmico. "Nunca passou pela minha cabeça que pudesse ser um terremoto. Só fui entender o que tinha acontecido quando uma amiga mandou mensagem perguntando se a gente tinha sentido o tremor", afirmou. "Achei que ela estava brincando, mas depois que mais gente comentou no grupo, me dei conta de que realmente tinha sido algo diferente."

Outros moradores também perceberam a vibração. “Meu noivo trabalha no mesmo bairro e teve a mesma impressão, de que era algum caminhão muito grande passando. Já meu pai, que estava em outra parte da cidade, não sentiu nada”, disse. Para ela, a percepção do tremor variou bastante entre os bairros. “Teve gente que confundiu com trovão, teve quem nem percebeu. Mas em alguns pontos, como Novo Paraná, que é mais afastado, o barulho foi ainda mais forte.”

“É uma sensação muito estranha, porque a gente não está acostumado com esse tipo de coisa. A maioria das pessoas só percebeu que era um terremoto quando leu alguma coisa ou alguém comentou. Se ninguém fala, passa como se fosse só um barulho de caminhão mesmo”, concluiu.

Segundo a Rede Sismográfica, eventos sísmicos dessa natureza são monitorados continuamente e fazem parte do esforço conjunto de instituições nacionais para mapear e compreender a atividade tectônica no Brasil. A rede é coordenada pelo Observatório Nacional (ON/MCTI) e conta com o apoio do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM).

O último tremor registrado no estado havia ocorrido em Jacobina, no último dia 11, com magnitude de 1,9 mR. Até o momento, não há relatos de feridos ou danos estruturais.

Confira o vídeo:

*Estagiária sob a supervisão de

https://www.correiobraziliense.com.br/webstories/2025/04/7121170-canal-do-correio-braziliense-no-whatsapp.html

Mais Lidas