
Equipes da Polícia Civil de São Paulo deram início a uma força-tarefa para identificar e prender os autores do assassinato da jovem Beatriz Munhos, de 20 anos, vítima de latrocínio no sábado (1º), em Sapopemba, Zona Leste de São Paulo. Um dos assaltantes baleou a jovem na cabeça.
Segundo o portal G1, os investigadores contam com imagens de câmeras de segurança da Rua Professor Fonseca Lessa, próximas ao local do crime, para montar a cronologia do ataque e segmentar as imagens em perfis de suspeitos. A atuação mobiliza ainda a inteligência da polícia, que cruza as gravações com registros de celulares, cartões de crédito e movimentações veiculares que possam ter relação com a fuga.
Beatriz era estudante de farmácia e trabalhava com o pai fazendo imagens com drones. Ela teria reagido à tentativa de assalto e borrifado spray de pimenta no rosto do assaltante. De acordo com o relato do namorado à polícia, a família havia saído de carro de Sorocaba, no interior de São Paulo, em direção à capital para entregar um drone que havia sido negociado e deveria ser entregue no endereço combinado, onde o crime ocorreu. A polícia investiga se a família foi vítima de uma emboscada feita por criminosos que teriam se passado por compradores para assaltá-los.
As imagens das câmeras captaram tanto a chegada quanto a saída dos autores, o que auxilia os peritos na análise de trajetória e modus operandi. De acordo com a polícia, a chave agora é transformar as imagens brutas em pistas efetivas: traçar a rota de fuga, identificar placas e modelos de veículos, perfis de indivíduos captados com roupas ou posturas semelhantes a réplicas de outros crimes.
As equipes vasculham gravações de estabelecimentos comerciais, sinais de telefonia e solicitam colaboração da população, que pode enviar vídeos ou fotos de seus aparelhos domésticos e de segurança.
Na tarde deste domingo (2), o pai da vítima utilizou o celular da jovem para publicar um vídeo nas redes sociais e lamentou a perda da filha. O aparelho telefônico do pai foi levado pelos assaltantes.
“Eu sou Lucas, sou o pai da Bia. Desculpa estar avisando vocês assim. A gente perdeu a Bia. Ela foi morta a tiros em São Paulo. Ai... Que crueldade que fizeram com a minha pequena. Vocês sabem como que ela era. É uma pessoa do bem, ela me ajudava demais, demais", relatou Lucas Munhos.
"A gente foi vítima de um assalto. A gente entregou tudo, mas, mesmo assim, eles deram tiro na cabeça dela. Isso não pode acontecer com outros pais, pessoas. Outros pais não podem sofrer o que eu tô sofrendo. Essa bandidagem, tráfico, essas coisas, todas de bandido, de arma, têm que acabar. Eu imploro pro governo acabar com isso, pelo amor de Deus", clamou.
“Eu só tô usando a rede social dela porque é a única coisa que sobrou... É o celularzinho dela. Eles levaram a minha pequena. A minha filha não tá mais entre nós. A gente não pode deixar isso impune, senhores, não pode. O governo tem que fazer alguma coisa. A polícia tá fazendo o trabalho dela, mas isso não pode acontecer novamente com as pessoas, com um pai, com uma mãe. Um namorado, um irmão não merecem passar por isso. Vocês têm que ajudar", completou.
O velório e sepultamento de Beatriz ocorrem nesta segunda-feira (3), no Cemitério Consolação, em Sorocaba, cidade onde ela morava. A cerimônia de despedida começou nesta madrugada e terminará às 12h30, com o enterro.

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