QUE FOFURA!

Gato é adotado e vira "delegato" no interior de São Paulo

Com uniforme e crachá, o "delegato" B.O transforma o clima da delegacia em meio a relatos de violência doméstica

Gato foi adotado em uma ONG que cuida de animais abandonados -  (crédito: Reprodução / redes sociais)
Gato foi adotado em uma ONG que cuida de animais abandonados - (crédito: Reprodução / redes sociais)

Carinho, pelos e travessura. Foi assim que um gato laranja mudou o clima da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São João da Boa Vista (SP). O animal, adotado pela equipe há dois meses, passou a fazer parte do dia a dia dos atendimentos e rapidamente ganhou o coração de policiais, vítimas que buscam atendimento e crianças, que acompanham as mães.

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Batizado de B.O — em referência ao boletim de ocorrência — o felino sem raça definida ganhou uniforme, crachá e um novo propósito: tornar acolhedor um espaço que costuma receber histórias de dor e violência. Segundo a equipe, a ideia surgiu da necessidade de suavizar o ambiente da delegacia.

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“A gente recebe muitas mulheres vítimas de violência doméstica com crianças, e pensamos em transformar o ambiente, deixá-lo menos austero, porque delegacia geralmente é assim. Queremos mudar esse paradigma. Ele tem sido uma ferramenta a mais para distrair as crianças, e funciona muito bem”, explicou o investigador Leandro Moreira, ao portal g1.

O gato, de aproximadamente 7 anos, foi adotado por meio da ONG Lelo Love Pet. No início, havia o receio de que o animal fugisse ou não se adaptasse ao espaço movimentado. Mas B.O não só ficou, como “adotou” a equipe de volta. Não é surpresa que B.O seja carinhoso: a maioria dos gatos laranjas são machos e têm tendência natural a serem mais dóceis e companheiros.

Curioso, carente e dono de uma personalidade marcante, ele circula livremente pelos corredores, sobe nas mesas, espia documentos e às vezes até causa pequenos acidentes. “Ele sobe na mesa, mexe em tudo e às vezes quebra alguma coisinha, além de ficar deitado em cima do armário e dos arquivos. Buscamos um animal que precisasse de cuidados, e ele estava magro, precisando de um lar. Ele não é arisco, só não é de fazer festa”, contou Leandro.

Enquanto vítimas e policiais lidam diariamente com relatos sensíveis e pesados, a presença do gato ajuda a amenizar a tensão. Quem chega à delegacia encontra, muitas vezes, o “delegato” descansando sobre arquivos, pedindo carinho ou apenas observando o movimento.

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MD
postado em 29/11/2025 17:16
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