PIAUÍ

Dia a dia do porco Totó agita as ruas de Teresina

Suíno Totó foi criado desde filhote como pet de pedreiro aposentado e é tratado como integrante da família

Idoso passeia com porco pelas ruas de Teresina, no Piauí -  (crédito: Reprodução / TikTok)
Idoso passeia com porco pelas ruas de Teresina, no Piauí - (crédito: Reprodução / TikTok)

Postagens nos TikTok viralizam com uma cena inusitada: um idoso passeando com um porco de estimação pelas ruas de Teresina (PI). Trata-se do pedreiro aposentado José Pereira, de 68 anos, e Totó, um leitão de seis meses, tratado como membro da família.

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O porquinho foi o único sobrevivente de uma ninhada de 10 filhotes. Diante da situação, ele decidiu cuidar do animal ainda recém-nascido. A mãe do porco vive em um sítio na zona rural da capital piauiense.

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“Quando a mãe dele pariu, foram 10, e só ele sobreviveu. Aí eu me apeguei e trouxe pra cá”, relatou ao portal g1. O vínculo entre os dois se fortaleceu logo nos primeiros dias. José acompanhou de perto a saúde da porca após o parto e passou a alimentar Totó diariamente com leite.

“Eu comprei remédio, levei injeção pra mãe dele ficar boa. Depois comecei a dar leite pra ele todo dia, desde filhotinho”, contou o aposentado. Ainda bem pequeninho, começaram os passeios, que começaram a chamar atenção dos teresinenses. 

No início, segundo José, houve estranhamento por parte de alguns parentes, mas a convivência acabou conquistando a todos. A história ganhou ainda mais repercussão após vídeos dos passeios começarem a circular nas redes sociais.

“O pessoal diz: ‘eu vi você no TikTok’. Quando passa na rua, reconhece a gente”, afirmou. 

Totó é tão próximo da família que é tido como irmão para a neta de José, Lyara, de  anos. “Ele é um irmão pra mim. Eu fico com ele, faço carinho, falo com ele, gosto muito dele. Desde que ele era pequenininho. Agora ele já tá grande e não quer correr mais”, contou à reportagem. 

Porco de estimação

O Ibama considera os suínos animais domesticáveis, mas muitas leis municipais proíbem a criação de porcos em áreas urbanas, independentemente do porte, por questões sanitárias e de saúde pública. Por isso, é fundamental verificar a legislação local e as regras de condomínios.

Em Belo Horizonte, a legislação vigente não trata especificamente da criação de porcos como pets, mas o artigo 19 da Lei nº 4.323/1986 do município estabelece que não é permitida a criação ou conservação de animais — notadamente suínos — que, pela sua natureza ou quantidade, sejam causas de insalubridade ou incomodidade em imóvel residencial urbano, sem autorização dos órgãos competentes. Isso é aplicado quando o animal causa risco à saúde ou incômodo à vizinhança, como barulho, odores ou sujeira. 

Em locais em que é permitido, é preciso ter cuidados especiais. Segundos especialistas, porcos, inclusive os chamados miniporcos, precisam de espaço adequado — cerca de 10m², com sombra —, além de rotina de passeios, estímulos e limites claros, já que são animais inteligentes e podem ser teimosos.

A alimentação também requer cuidados: o ideal é oferecer ração específica além de frutas e verduras, evitando excessos que podem levar à obesidade. Na área da saúde, é necessário atenção redobrada às zoonoses, como leptospirose e toxoplasmose, e à conscientização de que o animal cresce e não permanece do tamanho de filhote.

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MD
postado em 19/12/2025 18:29
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