INVESTIGAÇÃO

Traficante preso é suspeito de mandar matar namorado da ex no Natal

Homicídio ocorrido no feriado de Natal em Belo Horizonte expõe rede de comando do tráfico de dentro do sistema prisional

Rua Coronel Jorge Davis onde Anderson Braian, de 26 anos, foi encontrado morto. Assassinato teria sido ordenado de dentro da prisão por ex da namorada -  (crédito: Reprodução Google StreetView)
Rua Coronel Jorge Davis onde Anderson Braian, de 26 anos, foi encontrado morto. Assassinato teria sido ordenado de dentro da prisão por ex da namorada - (crédito: Reprodução Google StreetView)

Um traficante preso é o principal suspeito de ter mandado matar o atual namorado de sua ex-namorada, em plena noite de Natal (25/12), no Aglomerado da Serra, Centro-Sul de Belo Horizonte.

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O fato foi registrado na Vila Nossa Senhora do Rosário, área que ao lado da vizinha Vila Aparecida receberam reforço no policiamento logo após a ocorrência.

Anderson Braian Gonçalves Miranda, de 26 anos, foi executado por disparos de arma de fogo na Rua Coronel Jorge Davis. Ele não chegou a ser socorrido.

A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) encontrou o corpo durante patrulhamento preventivo realizado pelo Grupo Especial de Policiamento em Áreas de Risco (Gepar). 

 

Os militares foram chamados por duas moradoras que disseram ter ouvido os disparos e indicaram o local onde a vítima estava.

Como era a cena do crime?

Conforme apurado pelos levantamentos periciais da Polícia Civil, o cadáver estava estirado no pavimento e apresentava seis orifícios de entrada de projéteis, localizados primordialmente na região do crânio e nos membros superiores.

O pai de Anderson compareceu ao local para realizar a identificação formal, sendo o corpo posteriormente transportado pelo rabecão ao Instituto Médico-Legal (IML) para os procedimentos de necropsia.

A principal tese investigada aponta para uma execução por ciúmes, já que informações coletadas na comunidade sugerem que a ordem para o assassinato partiu de um detento, liderança do narcotráfico local, que teria decretado a morte do jovem devido ao envolvimento amoroso dele com sua ex-namorada.

Equipes do Tático Móvel e do Gepar 7, vinculadas ao 22º Batalhão da Polícia Militar, realizaram varreduras e diligências na tentativa de capturar os executores materiais do homicídio. Apesar do cerco policial e das buscas em pontos estratégicos da comunidade, nenhum suspeito foi detido até o fechamento desta edição.

O inquérito para elucidar a autoria e a dinâmica completa do atentado seguirá sob responsabilidade da Polícia Civil de Minas Gerais. A corporação busca agora confirmar a conexão entre o mandante encarcerado e os comparsas que efetuaram os disparos.

A ocorrência reacende o debate sobre a influência de criminosos detidos na gestão da violência urbana e sobre as medidas de controle de comunicação no sistema prisional mineiro. 

Execução por ciúmes

 

  • Acionamento da PMMG: abordagem de duas mulheres ao patrulhamento do Gepar após disparos
  • Localização da vítima: encontro de Anderson Braian, de 26 anos, caído na Rua Coronel Jorge Davis
  • Constatação do óbito: identificação imediata de ausência de sinais vitais por perfurações de bala
  • Identificação familiar: presença do pai da vítima no local para reconhecimento oficial do filho
  • Procedimento pericial: contagem de seis perfurações pelo corpo e remoção para o IML
  • Hipótese investigativa: crime ordenado por traficante preso por motivo de relacionamento afetivo
  • Conflitos passionais: ordens de retaliação originadas por relacionamentos com ex-parceiras de criminosos
  • Comando do cárcere: influência de lideranças do tráfico na execução de crimes mesmo sob custódia
  • Retaliação do tráfico: uso de execução sumária como forma de afirmação de poder territorial
  • Fragilidade de monitoramento: uso de comunicações ilícitas para coordenação de atentados violentos

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MP
postado em 26/12/2025 11:57
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