Um norte-americano de 29 anos foi preso no bairro da Liberdade, no centro de São Paulo, na segunda-feira (22/12), por suspeita de envolvimento em crimes de exploração sexual e aliciamento de crianças e adolescentes.
O investigado é apontado como integrante do movimento denominado "Passport Bros", composto por homens de países desenvolvidos que utilizam o poder econômico para explorar vulnerabilidades sociais em países da América Latina e Sudeste Asiático.
Em postagens em redes sociais e transmissões ao vivo, datadas de dezembro de 2025, o suspeito autodeclarou-se "turista sexual". Há indícios de que ele arrecadava fundos, de aproximadamente US$ 2 mil, com patrocinadores no exterior para financiar as viagens, oferecendo em troca transmissões de atos sexuais.
Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão domiciliar, o suspeito estava em posse de diversos celulares e equipamentos de informática, além de outros para produção de conteúdo digital. Os policiais civis encontraram, em um pendrive, vídeo produzido pelo próprio investigado que mostrava ele abusando de uma criança de aproximadamente 6 a 7 anos, com a presença e anuência de uma mulher que aparentemente é mãe da criança.
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Diante disso, o norte-americano foi preso em flagrante delito por posse de material de abuso e exploração sexual infantojuvenil. Todo o material passará por perícia técnica para identificar outras possíveis vítimas e verificar a extensão da rede de exploração sexual.
Um alerta encaminhado pela plataforma Uber comunicou às autoridades sobre uma situação ocorrida em 8 de dezembro de 2025: um motorista parceiro relatou ao suporte a realização de uma viagem suspeita envolvendo o transporte de duas adolescentes desacompanhadas, na cidade do Rio de Janeiro. O caso chegou ao conhecimento das autoridades, por meio do comunicado oficial da plataforma.
Segundo o relato do motorista, as adolescentes foram embarcadas no bairro do Jacaré, na zona norte do Rio, com destino a Santa Teresa, na zona sul. Durante o trajeto, as vítimas afirmaram que encontrariam um homem estrangeiro que não falava português. O solicitante da corrida, utilizando o pseudônimo "Terry William", coordenou todo o deslocamento via chat do aplicativo e WhatsApp, demonstrando contato prévio com as vítimas ao fornecer códigos de validação diretamente a elas.
A investigação revelou que o cidadão norte-americano utilizava uma rede complexa de múltiplos pseudônimos e contas falsas para dificultar o rastreamento policial. Entre os nomes utilizados estão: "Terry William", "Terry Wilson", "Steve Jennum" e "John Smith". Além deste caso, foram identificadas outras interações semelhantes com diferentes motoristas, onde o suspeito solicitava o transporte de crianças e mulheres para seus endereços de estadia.
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