Um homicídio traz luz, novamente, à guerra entre gangues das QNO 17 e 18, na Expansão do Setor O, em Ceilândia. A vítima é Jonathan Sousa Lopes, 22 anos, preso em novembro 2018, acusado de roubar e matar Osterno Guilherme Martins Linhares de Sousa, 16. Posteriormente, a Justiça absolveu o jovem.
Jonathan Sousa morreu na noite de quinta-feira (3/12), em frente ao Centro de Ensino Fundamental nº 31, na QNO 18. Segundo a polícia, ele teria envolvimento com uma gangue local, e os suspeitos de matá-lo teriam participado do assassinato de Maria Eduarda Rodrigues de Amorim, 5, em maio de 2018. A menina morreu vítima da violência desencadeada por rixa entre criminosos das duas quadras rivais.
Jonathan foi assassinado a tiros, na rua da QNO 18. Ele chegou a ser socorrido no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), mas morreu minutos depois. O corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML), onde a perícia determinará a causa da morte.
A 24ª Delegacia de Polícia (Setor O) investiga o caso e tenta confirmar a identidade dos suspeitos. A princípio, o assassinato de Jonathan não teria relação com o latrocínio de Osterno Guilherme nem com a morte de Maria Eduarda. Agentes buscam imagens de câmeras de segurança que possam ter captado a ação criminosa.
Absolvido por latrocínio
Jonathan Sousa foi preso em maio de 2018 pelo latrocínio de Osterno Guilherme, filho de um sargento do Corpo de Bombeiros. O crime ocorreu na QNO 18. O jovem foi acusado de ter atirado no rosto da vítima. Apesar do material apresentado pela investigação da 24ª DP, ele foi absolvido pela Justiça.
Em 2019, ele foi detido mais uma vez, à época, por roubo. Ele agiu em companhia de um adolescente. Moradores do Setor O conseguiram impedir que Jonathan fugisse, e ele chegou a ser linchado pelo grupo antes de ser levado para a delegacia. O processo pelo crime está no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).
Morte de criança expõe guerra entre gangues
Maria Eduarda Amorim morreu vítima de disparos em casa, onde vivia com a família, na QNO 18. A menina foi assassinada no lugar do irmão, que teria suposto envolvimento com criminosos da quadra. O grupo teria uma rixa com bandidos da QNO 17.
O homicídio trouxe à tona a situação de violência que amedronta os moradores de ambas as quadras da Expansão do Setor O. Três adolescentes foram apreendidos, e um homem, Walisson Ferreira da Silva, preso.
Em novembro de 2019, Walisson Ferreira passou por julgamento no Tribunal do Júri de Ceilândia. Ele foi considerado culpado pelo assassinato de Maria Eduarda e pela tentativa de homicídio contra o irmão dela.
Ele está preso e cumpre pena de 36 anos de prisão, em regime inicial fechado. Por ter praticado os crimes em companhia de adolescentes, ele também respondeu por corrupção de menores.
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