CRIME

Se depender do MPGO, acusados de estupro coletivo continuam presos

Para a promotora de Justiça, Renata Carolinly Ribeiro e Silva, a prisão dos acusados é importante para garantir a instrução criminal. Segundo ela, familiares dos presos procuraram a vítima para convencê-la a retirar a queixa

Darcianne Diogo
Adriana Bernardes
postado em 16/10/2021 19:23 / atualizado em 16/10/2021 19:23
Delegada responsável pelo caso, Tamires Teixeira, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher do Goiás (Deam) -  (crédito: Rafaela Martins/CB/DA Press)
Delegada responsável pelo caso, Tamires Teixeira, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher do Goiás (Deam) - (crédito: Rafaela Martins/CB/DA Press)

Se depender do Ministério Público de Goiás, os três acusados do estupro coletivo de uma jovem de Águas Lindas de Goiás permanecerão presos. Ao analisar o pedido da defesa de relaxamento da prisão, a promotora de Justiça, Renata Carolinly Ribeiro e Silva manifestou-se contrária ao benefício.

Na avaliação dela, é “temeroso” colocar os acusados em liberdade neste momento, para proteger a vítima e os que ainda prestarão depoimento. No documento, a promotora destaca, ainda, o fato de os familiares dos acusados terem procurado a vítima tentando convencê-la a retirar a queixa.

Segundo a polícia, o crime denunciado pela vítima ocorreu na madrugada de sábado, durante uma festa em uma casa. Até o momento, três homens foram presos em flagrante acusados de participarem do estupro. Um deles é o subtenente do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Irineu Marques Dias, 44 anos, afastado do cargo pela corporação. Os outros dois são Thiago de Castro Muniz, 36, e Daniel Marques Dias, 37, irmão do subtenente.
Para o Ministério Público, o encarceramento dos três acusados é importante neste momento para garantir a instrução criminal. Na avaliação da promotora, os prints de trocas de mensagens, fotos e vídeos da festa anexados ao pedido de soltura deverão ser melhor avaliados ao longo da investigação.
O advogado Marcelo Almeida Alves, que defende o subtenente da PM Irineu Marques Dias, informou que o juiz ainda não se manifestou sobre o caso. “A prisão foi ilegal porque não tinha os requisitos para ocorrer. Não tem indício de autoria e materialidade para manter os acusados presos”, resumiu.

 

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