Violência

Terceiro suspeito de matar morador de rua com barras de ferro está preso

Caso aconteceu na última quarta-feira. Dois suspeitos foram presos no mesmo dia, durante as investigações da 1ª Delegacia de Polícia, responsável pelo caso

Edis Henrique Peres
postado em 29/10/2021 10:03 / atualizado em 29/10/2021 14:25
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

O terceiro suspeito de matar o morador de rua Valmir Oliveira Pereira Sena, conhecido como Galego, 40 anos, foi preso. O caso aconteceu na madrugada de quarta-feira (27/10), por volta de 3h, no Setor Esportivo de Clubes Sul, próximo à Associação dos Delegados de Polícia. Valmir dormia embaixo de um prédio comercial quando três outros moradores em situação de rua o espancaram com as barras de ferro. O circuito de segurança do local flagrou o momento em que Valmir tentou fugir, mas caiu e continuou sendo golpeado pelos três outros homens em situação de rua.

No mesmo dia do crime, agentes da 1ª Delegacia de Polícia (DP), da Asa Sul, localizaram e prenderam em flagrante dois integrantes do grupo. Em entrevista ao Correio, o delegado-adjunto da unidade explicou que capturou o primeiro suspeito nas proximidades da cena do crime. “Nós trouxemos outros moradores de rua que ficam na região e eles foram ouvidos como testemunhas. Um dos autores confessou o crime e narrou como foi a ação. Ele também indicou os outros dois suspeitos”, detalhou.

Já o segundo homem foi preso em um estacionamento de carros, enquanto guardava veículos, também na tarde de quarta-feira (27/10).

Entenda

De acordo com as investigações, Valmir foi morto devido a uma briga com os outros moradores de rua. O estopim para o episódio de violência foi uma discussão na tarde de terça-feira (26/10), durante a qual Valmir teria quebrado uma caixa de isopor do grupo. O delegado explica que o grupo tinha constantes episódios de conflito.

“De acordo com o testemunho dos dois acusados, a vítima que morreu costumava ameaçá-los com faca e chegou a roubar um celular e a caixinha de som do grupo. A briga da caixa de isopor foi o estopim porque eles disseram que não aguentavam mais ser incomodados”, pontuou.

Os presos foram indiciados por homicídio qualificado por motivo fútil e sem possibilidade de defesa da vítima, que estava dormindo quando recebeu os primeiros golpes. Se condenados, as penas podem variar de 12 a 30 anos de prisão.

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