EM COMA

Idosa atropelada por adolescente em Ceilândia está em estado grave

Ivonete Marcelina foi atropelada enquanto atravessava faixa de pedestres na última segunda (25/10). Ela está em coma desde o dia do acidente. Segundo a filha da vítima, o adolescente não prestou socorro

Pedro Ibarra
postado em 30/10/2021 17:42
 (crédito: Arquivo pessoal)
(crédito: Arquivo pessoal)

Segue internada em estado grave Ivonete Marcelina, 67 anos, após ser atropelada, por um carro dirigido por um adolescente de 16 anos não habilitado, enquanto atravessava uma faixa de pedestres em Ceilândia. A idosa, que é dona de casa, está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base, onde permanece em coma grau três — segundo os médicos, o mais grave.

Ivonete, moradora de Ceilândia, voltava da fisioterapia na última segunda-feira (25/10). Quando atravessava a rua na faixa de pedestres, o jovem não conseguiu parar o carro e a atingiu. Segundo Alessandra Araújo, 45, psicóloga e filha da vítima, o adolescente não prestou socorro, mas ficou em um quiosque próximo do local onde tudo ocorreu.

“A gente fica muito desestabilizada e se pergunta: ‘por quê? Por que com ela?”, lamenta Alessandra. “Esse adolescente sabia o que estava fazendo, o que aconteceu não é um acidente. Foi um crime. Um adolescente de 16 anos sabe muito bem o que é certo e o que é errado”, destaca a psicóloga, que trabalha com adolescentes.

Também segundo a filha, a mãe deu entrada no Hospital de Base por volta das 15h e, no mesmo dia, foi transferida para a UTI, onde permanece com quadro muito grave porém estável.

Desespero

“Eu ficava assistindo jornais e vendo situações como essa e apenas imaginava como estava dolorido para essas pessoas. Porém, eu nunca pensei que eu iria viver esse verdadeiro inferno, essa dor, essa angústia. É difícil demais”, desabafa Alessandra, que não se conforma com a situação. “O carro é uma arma. Se eu não sei manusear um (revólver calibre) .38, eu vou meter bala em todo mundo. Se eu não sei passar uma marcha, dar uma ré, ou desviar de uma pessoa que está passando, eu vou matar”, compara.

Quanto à família do adolescente, ninguém se pronunciou até o momento. De acordo com a psicóloga, o garoto e os familiares não entraram em contato com ela ou com qualquer parente próximo da vítima. Alessandra afirmou, no entanto, que, após o caso ter repercussão na mídia, um parente do jovem conversou pessoalmente com o cunhado dela, mas não deixou contatos.

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