Meio ambiente

Universidade de Brasília recebe atestado de compensação florestal

O termo foi concedido pelo Ibram à instituição de ensino como reconhecimento da quitação dos desmatamentos causados pela construção dos campi de Ceilândia, Planaltina e Gama

Carlos Silva*
postado em 09/11/2021 18:51 / atualizado em 09/11/2021 21:31
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

A Universidade de Brasília (UnB) recebeu do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) atestado de compensação ambiental. O termo foi concedido à instituição de ensino como reconhecimento da quitação dos desmatamentos provocados pela construção dos campi em Ceilândia, Planaltina e Gama. Mais de 18 hectares de vegetação nativa da Fazenda Água Limpa (FAL) foram propostos como Reserva Legal Adicional.

A reitora da UnB, Márcia Abraão, comemorou o recebimento do atestado e destacou a coincidência do acontecimento com a proximidade dos 60 anos da universidade. A diretora da instituição foi decana de Ensino de Graduação e também coordenou a expansão da universidade durante a construção dos campi. “Sinto uma enorme alegria em estar na condução da UnB perto dos seus 60 anos e pagar essa dívida com o meio ambiente decorrente da implantação dos campi”, comemorou Márcia Abraão.

Além da reitora, o secretário de Meio Ambiente da Universidade de Brasília, Pedro Zuchi, comemorou a proposta do hectares da FAL e o recebimento do atestado. Ele também ressaltou o impacto social dos campi frente ao “passivo florestal” produzido. “Além dos efeitos positivos que a implantação dos campi trouxe para a sociedade brasileira, a questão do passivo florestal foi equacionada, resguardando o compromisso da UnB com os princípios da sustentabilidade”, comentou.

Zuchi também lembrou que os campi construídos pela universidade também procuraram se manter alinhados com os objetivos de sustentabilidade prezados pela instituição. “Todos os campi tiveram na sua idealização o paisagismo de recomposição, procurando de alguma forma reflorestar. Também foram utilizadas fontes de energia fotovoltaica, além da preocupação que tivemos com a redução de resíduos sólidos gerados e com a drenagem de água do solo”, avaliou.

O secretário de Meio Ambiente da instituição também reforçou o impacto que o acontecimento tem para a universidade. “Em relação a área da fazenda, que tem 4.340 hectares, pode não ser muito, mas em relação ao dano que foi provocado tem impacto significante. E mostra que, em acordo com a lei, a UnB vem cumprindo a parte legal e reconhecendo obrigações ambientais”, frisou.

Reginaldo Pereira, diretor da FAL, também explicou que a área ainda será utilizada na atividades de ensino, pesquisa e extensão. “Continuam os estudos de manejo de fauna, manejo de vegetação, quantificação de estoque de carbono em ambientes de cerrado, monitoramento de regime de água e estudo de solos”, esclareceu o diretor. Assim, os estudos realizados para preservação e outras áreas continuam a ser realizados normalmente.

Junto com a outras áreas de preservação já presentes no local, a FAL possui mais de 70% de áreas protegidas. A área de cerca de 25% do local foi criada após regularização Cadastro Ambiental Rural (CAR). A quantidade é destinada à Reserva Legal Adicional, às Áreas de Preservação Permanente (APP) e à Reserva Legal, em acordo com o Código Florestal.

Com informações da UnB

 

 

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